segunda-feira, 22 de março de 2010

Energia C – A peça que te completa o puzzle

O universo é uma harmoniosa dança de contrários.

Para todo o lado onde olhe o vejo. Nunca como agora isto foi tão claro para mim.

E nas relações inter-pessoais é mais verdade do que nunca. Isto é daquelas coisas que esteve todo o tempo à frente do teu nariz e provavelmente nunca o viste.

Já aqui falei na energia da polaridade e se bem te lembras disse que essa energia é criada devido ao simples facto de se encontrarem duas energias OPOSTAS:

A energia A encontra a energia B. Por serem opostos formam a energia C que é maior que A e B juntos.

As pessoas passam toda a sua vida à procura deste factor C.

O ser humano tenta consciente e inconscientemente atingir esta espécie de “nirvana mental”, esta energia redentora, procurando esse encontro de opostos em várias facetas da sua vida. Estar com uma pessoa de energia contrária à nossa faz-nos sentir tudo menos indiferentes. Faz-nos sentir a energia C, que por um lado é desconfortável mas por outro não conseguimos resistir-lhe e somos como que enfeitiçados pelos seus encantos.

Para a obtermos colamo-nos a outras pessoas com a energia contrária pois é essa a única forma.

Olha bem à tua volta. Olha para pessoas que conheces muito bem como por exemplo os teus pais, irmãos ou a tua melhor amiga(o) e repara como o que acabo de dizer faz sentido.

Talvez eu nem te conheça mas posso afirmar com relativa segurança que os teus pais são opostos. Provavelmente estão sempre com pequenos “arrufos”. MUITO provavelmente um é auto-confiante o outro nem por isso. Um é falador o outro calado. Um é assim o outro é assado.

Opostos. Carradas e carradas de opostos.

Quanto mais opostos eles forem, mais se atraem um ao outro. Quer eles queiram quer não.

Quer eles se amem quer eles se odeiem.

Uma coisa não tem que ver com a outra, são apenas caminhos diferentes para o mesmíssimo sítio porque quando tu odeias alguém do fundo do teu ser, não consegues deixar de pensar nela. Exactamente como quando a amas...

Seja porque estás a pensar em como a magoar ou em como a confortar, das duas maneiras estás a pensar nela e em formas de interagir com ela logo...estás atraído a ela.

Amor é como o pólo positivo de uma pilha (+), ódio é como o pólo negativo (-).

A atracção é a pilha.

Se os dois pólos estão presentes e activos é sempre gerada energia atractiva.

Mesmo quando as pessoas são de tal forma opostas que se odeiam isso não impede que haja atracção, apenas é uma atracção que funciona através da energia negativa.

Agora...nem todos os opostos jogam com o binómio positivo-negativo.

Existem opostos positivo-positivo e negativo-negativo que não deixam de ser opostos.

Por exemplo, “Homem” é o oposto de “Mulher”.

Embora muito boa gente queira criar esta ideia de “sexo forte” e “sexo fraco”, é claro que tal não existe. Estão ambos no mesmo patamar e são ambos positivos.

É importante que entendas isto porque quero deixar bem claro que para atraíres alguém que é optimista não precisas de ser pessimista ou derrotista.

Na verdade, a derradeira força da atracção fluirá no teu corpo quando deixares de ser afectado por factores externos positivos ou negativos e passares a escolher conscientemente o que te atrai e o que é atraído na tua direcção.

Como é que podes ser tu a escolher o que atrais ou deixas de atrair se eu acabei de dizer que a energia C é gerada independentemente de tudo desde que haja opostos envolvidos?

Bem...isso é só meia verdade.

No inicio é assim que funciona sim, e é assim que 95% das pessoas vive. Mas conforme evoluis e sobes de nível de consciência as regras mudam.

É isto que baralha muitos guerreiros da luz: A verdade é inconstante e muda sem cessar. O que permanece é mentira.

Ao iniciares o caminho da luz aprendes a andar e vês que isso te leva mais longe do que estar sentado numa rocha mas vai chegar a altura em que vais encontrar uma montanha e as regras que tanto te ajudaram até ali não servem nessa altura. Tens de aprender a trepar. Depois de trepares a montanha chegas perto de um rio onde não te serve de nada saber andar ou trepar. Precisas de aprender a nadar se queres continuar o teu caminho. Depois de atravessares o rio a nado podes encontrar uma fenda no chão. Andar trepar e nadar não te levam a lado nenhum, tens de aprender a saltar.

As regras mudam com o caminho.

Depois de aprenderes suficientes qualidades inatas começas a ter imaginação suficiente para inventar as tuas.

Depois de muito andar, correr, trepar, nadar e saltar, inventas o avião e voltas ao inicio aprendendo novamente a estar sentado...todas as regras que aprendes-te até ali deixam de fazer sentido. Subis-te de nível.

Há um par de anos conheci uma teoria de Carl Jung que me fascinou durante muito tempo. Fascinou-me de tal forma que cheguei mesmo a inclui-la na minha palestra sobre atracção onde lhe dou grande relevância.

Essa teoria fala dos 5 tipos de pessoas que existem. 2 pares de opostos e o gajo do avião. É incrível como numa questão de segundos se identifica uma pessoa e sabendo em qual das 4 categorias ela se insere, sabe-se a personalidade e feitio do namorado ou marido, muitas vezes com uma exactidão impressionante! Tudo apenas e só olhando a qualidades opostas.


Conclusão: As pessoas julgam que escolhem a pessoa com quem estão mas normalmente não passam de peças de xadrez jogadas pela brisa da polaridade.

As pessoas acabam por “escolher” sempre alguém que complete e preencha as suas faltas ao invés de as preencherem elas próprias.

As pessoas preferem fazer parte de um puzzle onde só encaixam na peça que lhes dá o que elas não têm para se sentirem completas.

Dá menos trabalho encher as nossas falhas com areia dos outros o problema é que quando a pessoa vai embora sentimo-nos vazios.

Não tem de ser assim.

As relações não servem para preencher o teu vazio, servem para multiplicar o que tu já és.

Entrar para uma relação com a atitude de obter alguma coisa nunca dá certo porque ninguém pode dar-te o que tu não tens.

Think about it.

 

“Parecer completo”...

Não é “ser completo”

:)

 

David Veríssimo

planeta.marte@portugalmail.pt planeta.venus@portugalmail.pt


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