sábado, 24 de abril de 2010

Responsavelmente Saudável

De acordo com a psicóloga americana Louise Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós.

“Epá, alto e para o baile! Mas eu não pedi para ter asma ou rinite alérgica!”

Certo. Conscientemente não fizeste, mas isso não significa que não o tenhas pedido...

Continuando na senda do parafraseamento Carolyne Miss disse um dia “A sua biografia transforma-se na sua biologia”.

Este tipos de afirmações vão de encontro a uma das pedras basilares deste blog e da evolução pessoal: responsabilidade.

TUDO na tua vida é definido pela responsabilidade que tomas ou deixas de tomar. És tu que, em última instância tens o poder de DECIDIR se passas no curso de engenharia ou não tal como és tu que em última instância decides se tens ou não rinite alérgica ou até se és podre de rico ou pobre.

Podes achar que ninguém quer viver na rua a mendigar mas, se fores perguntar, a maioria dos mendigos em Lisboa, por exemplo, não sairá dali por vontade própria...e os que querem mesmo sair não estão dispostos a mudar a sua forma de estar na vida, e que, os levou até lá.

Podes achar que ninguém quer ter rinite alérgica mas se fores perguntar a pessoas que sofram dela vais notar padrões...talvez elas não admitam esses padrões mas eles estão lá, caso contrário não sofreriam da doença.

Tudo o que se passa no nosso corpo, passa-se em concordância com a nossa mente. O teu corpo está intimamente ligado com a tua mente e o 1º só adoece se o 2º estiver desequilibrado.

Ninguém que viva a vida sem medo e emoções reprimidas (mente) tem rinite alérgica (corpo).

Se me apresentares uma pessoa com rinite alérgica que diga que é feliz e está em paz com a sua vida eu apresento-te um(a) mentiroso/a.

Se espirramos é porque algo nos irrita. Sejam os ácaros do pó, o pólen ou os pêlos da Cheta.

O corpo toma como hostil seja o que for que o irrite e expulsa-o com veemência usando a agressividade reprimida. A agressividade, como sabes, está sempre subjacente ao medo e nós ao “lutarmos” contra o que nos irrita esperamos ver-nos livres do nosso medo inconsciente e da sua companheira agressividade.

Mas o nosso medo não é despoletado pela substância a que escolhemos ficar alérgicos. Essa substância é, tão-somente, a sua representadora no nosso inconsciente. O que significa que aquilo a que somos alérgicos varia consoante aquilo que tememos.

Quem espirra frequentemente tem de aprender a amar o que teme. Quando isso acontecer a doença que parecia fugir ao seu controlo desaparece como que por magia...

Não é magia, é responsabilidade.

Tudo o que tu aches que não pode ser controlado por ti, pode.

No exemplo da rinite alérgica a pessoa pode pensar que o que causa a doença é o pólen, o pó ou o que quer que seja mas essa é uma perspectiva errada das coisas e é essa perspectiva errada que faz a pessoa achar que não tem direito de escolher ter ou não a doença.

A culpa não é dos pêlos da gata dela nem de uma estação tão bonita e maravilhosa como a Primavera, a culpa é DELA. A doença nasceu devido à SUA má interpretação da realidade. E a interpretação da realidade é criada por ela própria não por factores externos a ela.

Mesmo as coisas mais absurdas e que vês como totalmente fora do teu controlo como as doenças podem ser controladas por ti. Quando pensares o contrário faz a ti próprio a seguinte questão:

De que forma o meu comportamento e as minhas escolhas estão a afectar esta realidade que vejo?

Se responderes honestamente a esta questão vais sempre chegar à conclusão que o que está a acontecer se deve única e exclusivamente às tuas escolhas.

Nós somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo, logo na nossa vida.

Escolher ser saudável é difícil porque nos obriga a olhar para dentro.

Nós estamos habituados a escolher o caminho fácil e se algo acontece de mau culpamos apressadamente os outros.

Culpamos o árbitro porque montou claramente um complô contra a nossa equipa, culpamos o patrão porque é um mal-educado de merda e não nos paga o que acha que merecemos, culpamos o S. Pedro porque hoje está a chover e culpamos a nossa sorte porque não ganhámos o totoloto esta semana.

Culpamos tudo e todos menos a nós próprios.

Tiramos a chuva do capote.

Mas um capote sem chuva não serve para nada.

Um barco está seguro no porto mas não é para isso que ele serve.

Assumir a responsabilidade é difícil.

Achar uma carteira na rua com 15.000€ e entregá-la ao dono é uma merda do caraças...começas logo a pensar o que podias fazer com o dinheiro e a encher a tua mente de justificações aceitáveis para guardares sorrateiramente o montante.

Deixa-me dizer-te que o que ganhas em valor monetário perdes em integridade.

E deixa-me dizer-te mais...

O facto de seres não íntegro vai fazer-te gastar 60.000€.

Isto até podia ser uma frase feita não fosse o simples facto de poder ser confirmada todos os dias da tua vida com toda a gente que conheces.

Sempre que adoeces necessitas de te perguntar: A quem precisas de perdoar? O que precisas de parar de temer? A quem precisas de amar mais?

Todas as doenças sem excepção são aniquiladas por uma corrente incomportável da energia do amor.

Se descobrires que a tua mulher te engana, chamar “porco imundo” ao sacana que a deslustrou enquanto engendras um plano maquiavélico de vingança durante anos a fio não vai resolver a raiz do problema, vai agravá-la.

Embora mais difícil, talvez seja também mais proveitoso questionares-te sobre o que poderás ter contribuído para ganhar um par de chifres.

Estavas muito tempo ausente? Eras agressivo para ela? Desrespeitava-la de algum modo?

Repara que mesmo que tenhas sido um marido extremoso, mereças ganhar o prémio nobel das relações e nenhuma das situações acima descritas se verifique, a culpa continua a ser tua. Lamento.

Porquê?

Porque foste tu que escolheste uma mulher sem integridade que não é honesta o suficiente para terminar uma relação que não lhe agrada antes de se encavalitar nalgum boémias.

Foi ela que te traiu sim, mas foste tu que a deixas-te entrar na tua vida mesmo depois de todos os sinais que ela tem, obrigatoriamente de te ter dado, de falta de honestidade.

Conclusão: Nas relações tal como na saúde e em muitas outras áreas inimagináveis para ti, és tu que comandas o mar em que navega o teu barco. Mesmo que não tenhas consciência disso.

Na minha opinião, a saúde particularmente, é uma das áreas em que mais ignorância generalizada existe e escreverei sobre a matéria assim que possa. Pela informação que aprendi e tenho a transmitir, tenho a certeza que será um dos posts mais excêntricos que alguma vez fiz! YEAH :) Nem outra coisa seria de esperar. De tal forma era eu ignorante que a 1ª vez que me foram ditas algumas das informações pensei em comprar um colete-de-forças à pessoa...

Este desconhecimento é muito devido ao facto de a referida área ser, (a seguir à guerra) a que mais lucro providência a senhores devidamente engravatados que controlam e filtram a informação que é dita ao público. Mas como já deves ter reparado, a verdadeira culpa não é deles, é tua.

A seguir, segue uma lista de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Talvez seja interessante reflectir sobre o seu relacionamento com a causa apresentada:


DOENÇAS / CAUSAS

 

AMIDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

 

ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.

 

APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

 

ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.

 

ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.

 

ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.

 

BRONQUITE: Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.

 

CANCRO: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

 

COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.

 

DERRAME: Resistência. Rejeição à vida.

 

DIABETES: Tristeza profunda.


DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de auto valorização.

 

DOR NOS JOELHOS: medo de recomeçar, medo de seguir em frente

 

ENXAQUECA: Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

 

FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro (a).

 

FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.

 

GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.

 

HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.

 

HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

 

INSÓNIA: Medo, culpa.

 

MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.

 

NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.

 

PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

 

PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.

 

PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.

 

PRESSÃO BAIXA: Falta de amor quando criança. Derrotismo.

 

PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.

 

PULMÕES: Medo de absorver a vida.

 

QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.

 

RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.

 

REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

 

RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional, raiva reprimida. Culpa, crença em perseguição. 

 

PROBLEMAS DE RINS: medo da crítica, do fracasso, desapontamento.

 

SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.

 

TIRÓIDE: Humilhação.

 

TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.

 

ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.

 

VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.


Envia-me as tuas dúvidas para:

planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

David Veríssimo

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O lado escondido de todas as coisas

Steven Levitt e Stephen J. Dubner são os autores de um magnífico livro sobre economia e, na minha opinião, sobre as relações. Talvez não fosse intenção deles falar sobre este tema e talvez não estejas a entender o que tem o cú que ver com as calças, mas eu acho que um tema está intimamente relacionado com o outro.

Porquê?

Muito simplesmente porque a razão que leva alguém a conseguir vender um carro usado tendo lucro com isso, é a mesma que leva alguém a conseguir “vender-se” ao sexo oposto, tendo uma relação com isso.

As bases são as mesmas.

Se não sabes patavina de relacionamentos mas és barra a economia sugiro que retires expressões como “Lucro”, “Técnicas de venda”, “Empresa/País” e as substituas por “Relacionamento”, “Apresentação”, “Mulher/Homem” e por aí fora. Vais notar que o livro de economia que compras-te, subitamente se transforma numa bíblia do Dr. Phill.  :)

As pipocas no cinema são caras mas isso não tem que ver com o valor da pipoca nem com o seu sabor, nem com trabalho que elas dão a arranjar ou a aquecer. Tem que ver com o cinema.

Se esta ideia pode ser fácil de entender falando de pipocas, ao meter pessoas ao barulho a coisa fica mais difícil de engolir...

As mulheres caem aos pés do Cristiano Ronaldo mas isso não tem que ver com o seu valor, o seu físico ou o seu bom jogo de bola. Nem pensar nisso.

Físicos como o do Cristiano há-os aos milhões. Tão bons a jogar à bola como ele, são ás centenas.

As mulheres tinham orgasmos a ver filmes do James Dean mas isso não tem que ver ABSOLUTAMENTE NADA com o James Dean. Nada. Zero. Niente. Rien.

Nem com o Brad Pitt, nem com o Clooney nem com nenhum deles. Não foi o que eles fizeram que os tornou atractivos. Se isto não fosse verdade não estariam anos no anonimato como estiveram e principalmente não seriam subitamente venerados como o foram.

O que leva um produto a ser vendido por mais ou menos dinheiro nunca foi nem será o seu valor intrínseco. É antes o que as pessoas DECIDEM ser o seu valor intrínseco (mesmo que sejam obrigadas a isso).

A mesma coisa se passa com os relacionamentos. Se consciente ou inconscientemente aumentares o teu valor intrínseco aos olhos do sexo oposto vais ter carrradas e carradas de admiradores(as). Não importa o teu físico, não importa se não tens dinheiro para mandar cantar um cego, não importa a forma estranha como falas. Nada disso importa. Só importa o que as outras pessoas decidiram ser o teu valor.

Para um coleccionador de selos 2 centímetros quadrados de papel podem valer o meu ordenado deste mês, para mim nem o ordenado de uma hora.

O valor do selo mudou? Claro que não! Mudou o valor que eu lhe dou em comparação com o que o coleccionador de selos lhe dá.

Qual é o valor correcto então? O meu ou o dele?

Nenhum.

Não existe valor correcto ou incorrecto, existe simplesmente valor.

São as pessoas que o aumentam ou diminuem consoante é do seu interesse ou não.

O que não falta por aí são Cristianos Ronaldos e James Deans.

Esta é a razão porque INDEPENDENTEMENTE do que tenhas para vender podes ser bem sucedido a fazê-lo. Basta conseguires aumentar-lhe o valor percepcionado.

O produto pode ser do pior que há mas se as pessoas o virem como tendo grande valor vais ter dificuldade em satisfazer a procura.

Porque é que os restaurantes dos aeroportos servem tão mal as pessoas e levam um preço tão elevado? E porque é que nunca lhes falta clientela mesmo assim? Porque é que as bombas de gasolina das auto-estradas têm sempre preços mais caros que as bombas da cidade e ainda obrigam o cliente a trabalhar?

Pensa lá bem porquê.

Qualidade de serviço? Valor? Nem por isso...

Ok, então o que eu estou a querer dizer é que a tua qualidade como ser humano praticamente não tem influência no quão atractivo tu és?

É. É precisamente isso que eu estou a dizer. Estaria a mentir e a ser hipócrita se dissesse o contrário.

Mas quero dizer mais ainda:

O facto de tu atraíres muita gente do sexo oposto não quer dizer absolutamente nada. A única coisa que diz é que tu és muito atractivo para o sexo oposto.

E, caso ainda não tenhas percebido, isso não é necessariamente bom...

Quantidade não é qualidade.

Quantidade é demasiado fácil de obter.

Os trabalhadores de uma tasca podem trabalhar que nem escravos o dia todo e no fim do dia rejubilarem, suados, sujos e cansados por terem batido o record de vendas de bifanas e terem um aumento de 5% carinhosamente oferecido pelo patrão enquanto os cozinheiros de um restaurante de luxo podem servir meia dúzia de refeições e antes de meio-dia de trabalho já terem recebido o tal ordenado só em gorjetas.

Faço-me entender?

As bifanas têm menos valor que um Timpano Italian Chophouse aux champignon?

Não, não têm. Têm exactamente o mesmo valor, simplesmente são percepcionadas como tendo menos pela generalidade das pessoas.

Se procuras quantidade, faz o que os pick-up gurus ensinam e garanto-te que vais tê-la. Mas depois não te queixes se a(s) pessoa(s) com quem estás não é propriamente íntegra ou contribui de forma positiva para a tua vida.

Se procuras qualidade usa a informação deste livro para teu conhecimento de como as coisas funcionam, e aplica os conceitos justos mas não te sintas na obrigação de usar o que for manipulador.

Normalmente esse é um problema para os guerreiros da luz. Saber como as coisas funcionam dá-lhes a possibilidade de viciar o sistema. Os que evoluem são sempre os que escolhem ser honestos mesmo na posse dessa informação.

Um livro a ter em conta FREAKONOMICS:

O que é que os lutadores de sumo e os professores têm em comum?

O que é que o Ku Klux Klan e um grupo de agentes imobiliários têm em comum?

Porque é que os traficantes de droga ainda vivem na casa dos pais?

A resposta a esta e outras questões pertinentes vais encontra-las lá.

Depois de ler este livro li um outro que também podes dar uma vista de olhos.

O ECONOMISTA DISFARÇADO de Tim Harford


Quanto custa um café para os preocupados e quanto custa para os despreocupados?

Porque existe essa diferença?

Porque é que os seguros de saúde são péssimos negócios?

Porque é que os carros usados são pêssegos e limões?

Como vender uma casa de 200.000€ por 2.000€? :)

Podes não ter interesse no assunto pelo prisma puramente económico mas troca as palavras certas e vais ler um livro completamente diferente...


Para mais questões parvas: planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

David Veríssimo