domingo, 4 de dezembro de 2011

A maior fraqueza dos homens

Para não dizerem que sou injusto ou machista, hoje vamos falar do calcanhar de Aquiles de nós, homens :)

Mas atenção, isto não serve para mostrar como os homens são uns merdas egocêntricos tal como o anterior post não serviu para mostrar que as mulheres são umas cabras dramáticas.

A ideia aqui é trazer consciência para a tua vida. Tentares identificar os padrões do ego na tua forma de estar na vida enquanto homem ou mulher porque a única forma que existe de superares as tuas limitações é ganhares consciência de que elas existem. Qualquer profissional da área te dirá que o 1º passo para superares um problema é tomares consciência (ou admitires) que ele existe. Se não reconheces que tens um problema ou limitação então nunca farás nada para o tentar resolver porque, para todos os efeitos…ele não existe. Faz sentido? Fixe.

Então qual é o ponto fraco do típico homem?

A mente (identificação com os pensamentos).

De um modo geral todos nos identificamos com os pensamentos mas os homens abusam.

Do ponto de vista evolutivo podemos olhar para estas limitações da mulher e do homem como um apego ao 2º e 3º níveis, respectivamente. Se bem te lembras DESTE post sabes que 1º temos o cérebro Reptiliano (Funções vitais – Lidar com os estímulos na hora), 2º o Límbico (Emoções – Lidar com os estímulos com base no passado) e o actual nível de evolução da humanidade é o 3º Neo-Cortex (Mente – Lidar com os estímulos com base no futuro).

Atenção que eu não estou a querer dizer que as mulheres são “inferiores” ou têm menos valor por se identificarem com o 2º nível e os homens com o 3º. Para se atingir o 4º nível (Espírito) é necessário dominar todos os outros níveis abaixo. Não importa se dominas todos menos o 2º ou todos menos o 3º, sem os dominares TODOS não vais subir de nível de consciência.

Então e o que significa identificar-se com os pensamentos exactamente? Ok, prepara-te que isto agora vai ficar um bocadinho freeky!... :o)

Bem, quando tu nasceste os teus pais deram-te um nome certo? Fixe.

Nas primeiras vezes que as pessoas te tratavam por esse nome tu provavelmente ficavas como um burro a olhar para um palácio, tipo “Mas porque é que toda a gente insiste em repetir este som sempre que eu estou por perto”. Passado uns tempos lá acabas por descobrir que aquele som, aquela junção de letras, é o teu nome. Para todos os efeitos passa a ser quem tu és. Ou seja, tu deixas de te identificar com quem realmente és e passas a identificar-te com um som ou a imagem de uma palavra: “Carlos”, por exemplo.

E passas a defender o teu “bom nome” como se de ti próprio se tratasse. Se alguém diz que o Carlos Albuquerque é um paspalho de primeira apanha, tu entendes isso como um ataque a ti próprio…mas é apenas um ataque a um som, ou a uma imagem. É uma ilusão. É uma tentativa de ataque a um pedaço de oxigénio impulsionado e comprimido pela boca e língua das pessoas.

Uma vez que aprendes-te desde cedo a identificares-te com coisas que não são quem tu és, simplesmente continuas a senda pela vida fora, inconscientemente. Passas a identificar-te com um novo carro, com um estilo, com um telemóvel, com uma equipa de futebol, com o teu corpo, com a imagem que as outras pessoas têm de ti e com um milhão de outras coisas. Esse carro, essa equipa de futebol e esse telemóvel, na tua cabeça, passam a ser quem tu és tal e qual como se passou com o teu nome. Se alguém fala mal deles tu defendes essas coisas como se fosses tu próprio que estivesses a ser atacado.

É uma partida da mente.

E, principalmente os homens, andam neste carrossel a vida inteira sem dar por isso. Adoram manter uma imagem de “Macho-Man” associando-se a grandes carros, grandes desafios e grandes…bem…grandes “tudo”. Juntam-se em bandos grandes e vão a um grande estádio chamar grande cabrão a um senhor de negro. Ou então vêm o jogo na TV atrás de uma mini-sagres e no fim dizem “Ganhámos o jogo”. Como diria o Tony Robbins: Tu não fizes-te nada pá! Tu viste outros fazer :)

Tu dizes “Ganhámos o jogo” porque pensas que uma determinada equipa de futebol (um conjunto de pessoas) é quem tu és. Por isso é que te incluis a ti próprio na vitória sem ter feito nada para isso. Se essa equipa perde tu sofres porque julgas que essa equipa és tu. Se alguém diz que essa equipa é uma cambada de coxos, tu entendes isso como um ataque pessoal e defendes-te da mesma forma que te defenderias se alguém dissesse que tu és um estafermo. Tu procuras a tua essência no exterior. Associas-te a uma imagem, no teu entender, grandiosa, para que possas, dessa forma, ser grandioso também.

Mas deixa-me dizer-te que isso é um erro. Isso só vai fazer com que vivas uma vida disfuncional e vai obrigar-te a procurar constantemente a tua identidade nas “coisas” ou nas “entidades” que são vistas como valorosas ao longo do tempo. Isso é um erro também (e principalmente) porque quem tu és, na realidade, já tem todo o valor do mundo…simplesmente tens de reconhecê-lo…encontrá-lo.

“Não procures Deus à tua volta, ele está dentro de ti”

Todas estas associações são no intuito de preservar uma imagem que tens na tua cabeça sobre aquilo que tu achas que um homem é.

O meu conselho? Se és um homem, em vez de tentares definir o que é um homem…olha para ti próprio :) vais ver que é bem mais fácil do que ires à tua mente buscar a imagem ou o conceito do que um homem deve ser e que te foi lá colocada por anos e anos de preconceitos e ideias peregrinas.

Geralmente os homens entendem que ser um homem significa ser um “durão”. Quando vão na rua, olham para as mulheres como se lhes fossem arrumar uma cabeçada…e embora acredite que algumas Sado-maso possam apreciar o confronto :) a maior parte das mulheres não se vai aproximar por genuíno medo.

É comum também, tentarem passar a ideia de que se a mostarda lhes chega ao nariz, rebentam com o focinho de qualquer um que se lhes atravesse na frente. Tudo serve de desculpa para andar à porrada e mostrar ao mulherio como são fortes e saudáveis mais ou menos como quando dois alces se encontram e encaixam as hastes uns nos outros em luta pela amada que tem todo o prazer em assistir ao dramático e empolgante espectáculo.

É esta a identificação com a mente que tanto mina o comportamento dos homens.

Há uns tempos ia na rua e apercebi-me disto mesmo em mim próprio.

Ia a andar normalmente num passeio relativamente curto e comecei a notar que, se viesse uma mulher no sentido contrário na mesma linha que eu, não tinha qualquer problema em desviar-me. Se fosse um homem…bem, digamos que até podia fazê-lo mas ficava sempre com a sensação de que ele tinha ganho a “batalha” e sentia-me como que diminuído.

Se és mulher provavelmente estás a agora a pensar “mas que grande parvoíce” :)

E realmente é. Este tipo de ilusões é típica dos homens. Se és homem tenho a certeza que sabes perfeitamente do que eu estou a falar.

Isto é a identificação com a imagem de “bad-boy”, isto é a identificação com a mente e com os pensamentos. “Porque é que hei-de ser eu a desviar-me?”, “Se eu me desviar ele vai pensar que eu sou um banana qualquer”, “Não posso dar parte de fraco”,etc, etc, etc. É tipo aquela cena que vês nos filmes em que dois carros aceleram um contra o outro a ver quem é que se desvia primeiro. Se nenhum se desviar morrem os dois mas pelo menos a imagem de bad-boy fica intacta…é óbvio que isto é uma parvoíce e é preocupante no sentido em que há homens que estão mesmo dispostos a morrer para preservar uma ilusão na sua mente.

Concluindo: É verdade que a emoção e o drama são a fraqueza das mulheres mas não é menos verdade que são, ao mesmo tempo, a sua maior força pois a emoção e espontaneidade é uma das coisas que faz uma mulher SER uma mulher. Faz parte da sua natureza e está intrinsecamente ligado às suas funções biológicas maternais e estritamente femininas. Com os homens passa-se exactamente a mesma coisa. A identificação com a mente e com o corpo (a forma) é a nossa maior fraqueza mas foi através dela que muitas das coisas que existem hoje e que nos ajudam enquanto seres humanos e enquanto comunidade se tornaram possíveis. Só fazendo uso continuo e absoluto das nossas capacidades mentais foi possível chegarmos à lua ou construir o foguetão que nos levou lá. Nada disto era possível sem a mente.

Então o que se passa aqui? Afinal a emoção e a mente são coisas boas ou más?

Bem…nem uma coisa nem outra. O verdadeiro problema não é a emoção ou a mente. O verdadeiro problema é nós IDENTIFICARMO-NOS COM ELAS. O verdadeiro problema é nós pensarmos que SOMOS as nossa emoções ou que SOMOS a nossa mente e os nossos pensamentos.

A ideia é utilizarmos a mente e as emoções em nosso proveito e não o que tem sido até aqui, deixando a mente e as emoções governarem os acontecimentos a seu bel-prazer. Dar rédea solta às emoções e aos pensamentos é que é o problema. É como ter um motor de 400 cavalos num carro sem volante...o poder está lá mas poder sem controlo não tem nenhuma aplicação útil . Ele não usa a estrada, ele vai sempre em frente até encontrar um muro de betão.

Além disso o “bom” e o “mau” não existem.

Perguntar se as emoções ou a mente são coisas boas ou más é a mesma coisa que perguntar se um lápis é uma coisa boa ou má…

Que me dizes? Tens o lápis em boa consideração? :)

Ok, um lápis talvez seja difícil de por de um dos lados mas por exemplo…uma arma de fogo. Que me dizes de uma arma de fogo?

Provavelmente achas que uma arma de fogo é uma coisa “má”, certo? But guess what: O “Bem” e o “Mal” não existem. Não há nada intrinsecamente bom ou mau. Estes termos foram inventado pela nossa mente que muito gosta de catalogar e classificar as coisas. Para a nossa mente uma arma de fogo não pode ser só uma arma de fogo. Sem etiquetas. Sem bom ou mau. Simplesmente um arma de fogo. Ela tem que ficar associada (mais associações) aos eventos (maioritariamente violentos, claro) em que participou. Mas isso não é a arma! Isso são os eventos em que ela participou... As pessoas consideram que a arma é má não porque a arma em si seja efectivamente má mas porque esteve envolvida em cenas violentas.

Na verdade muito poucas armas mataram alguém, geralmente é sempre uma pessoa por detrás dela…

As armas não se juntam e decidem assaltar um banco.

É por isto que as campanhas para reduzir a quantidade de armas são, em grande parte, uma perca de tempo e dinheiro. O problema nunca foi nem há-de ser a quantidade de armas à disposição mas sim a vontade das pessoas as usarem…

Armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas.

E porque é que as pessoas (principalmente homens) continuam a usar armas? Porque isso lhes dá um poder astronómico. Porque retiram grandiosidade disso tal como o fanático de futebol retira da sua equipa. Como? Repara,

Aqui está uma pessoa qualquer:


E aqui está a pessoa mais importante da tua vida:


Viste como é que, em meio segundo, alguém passou de um “Zé Ninguém” para “Deus todo-o-poderoso” que decide se tu vives ou morres?

É esta a ilusão da mente que tanto nos aflige. O homem julga que com uma arma ou com um grande carro passa a ser mais homem do que na verdade é. Ele tenta transferir a imagem que a arma ou o carro têm, para si próprio. Ele julga que a imagem de poder e de mauzão vai impedir as pessoas de lhe fazerem mal e vai ganhar o respeito delas. Ele julga que a imagem daquilo a que ele se associa, é quem ele é. Ele julga que os pensamentos que ele tem são quem ele é.

Mas ele não é nenhuma dessas coisas…ele não é uma equipa de futebol nem um carro, isso é exterior a ele. Ele não é uma imagem de poder, ele É o poder. Ele não é um pensamento ou uma emoção, ele é aquilo que está por detrás do pensamento e da emoção. Se ele fosse um pensamento, ele não podia ter consciência de que estava a pensar porque um pensamento não pode pensar por ele próprio. Para haver um pensamento, tem que haver um pensador.

Tu és esse pensador! Não és uma imagem ou um conceito na cabeça do pensador nem és a emoção que percorre o corpo do pensador.

Também não és o corpo do pensador embora o uses temporariamente para conseguir viver nesta dimensão.

Tu és consciência pura.

É isso que tu és. E é esta a ÚNICA verdade absoluta do universo. TODAS as outras verdades são verdades relativas porque todas provêm desta verdade base.

E é essa a tua missão na terra: Ganhar consciência.

Quando suficientes seres humanos tiverem suficiente consciência a humanidade ultrapassará o nível de consciência da mente para formar algo que, sinceramente, não faço ideia como se irá manifestar.

Nem importa. A única coisa que importa é que evoluímos. Tudo o resto é paisagem.

Se passarmos o ponto de não-retorno e não conseguirmos evoluir na janela de tempo que o universo nos dá, estamos condenados. O que, do ponto de vista global, acaba por ser indiferente…porque eu sou humano e se olhar para dentro de mim, vejo que isto é só a minha mente a querer perpetuar a espécie humana.

É como as campanhas para salvar o planeta terra. São tudo balelas.

O planeta terra já resistiu a impactos de asteróides com mais de 200km de diâmetro, gases venenosos que encobriram todo o globo e mataram tudo no seu caminho e sabe-se lá o quê mais.

A última coisa que preocupa o nosso planeta é vir a transformar-se numa grande rocha árida e cinzenta.

O planeta terra não precisa de ser salvo, nós é que precisamos!

Bem…o post já vai longo e por hoje ficamos por aqui. Hoje entrámos um bocadinho em áreas mais obscuras e complexas que são muito complicadas de por em palavras…em todo o caso espero ter conseguido ser claro o suficiente e peço desculpa se por ventura fui duro demais nalgum trecho, não é minha intenção magoar ninguém.

Se houver alguma parte que precise de explicação extra, deixa-me um e-mail em

labirintotransparente@gmail.com

prometo responder a todos.


E agora para terminar em beleza... :)

Macho Man by Village People on Grooveshark

domingo, 2 de outubro de 2011

Os livros que mudaram a minha vida -ou- A maior fraqueza das mulheres

Os livros desempenham um papel insubstituível na tua evolução pessoal. Isso acontece porque para aprenderes por ti próprio o que vem condensado num bom livro, demorarias a tua vida inteira. Provavelmente toda a tua vida não seria suficiente na maior parte dos casos...


Portanto, alguém tomou o tempo e a energia necessária para experienciar, redigir, rever, compilar, investir e distribuir a obra-prima que te foi parar às mãos. Décadas de experiência pessoal em 100 ou 200 páginas que tu lês meia dúzia de horas e podes depois estudar quantas vezes quiseres. Um verdadeiro milagre!


Acontece que a maior parte das pessoas estremece quando ouve falar nesses bichos retorcidos e maquiavélicos que tiveram de suportar em tantos anos de escola e faculdade. A maior parte das pessoas vem habituada a estudar livros despropositados e mal construídos que não trazem qualquer valor para a sua vida. Livros que falam na tríplice entente e na tríplice aliança como se isso fosse a pedra basilar de qualquer digno letrado, livros que falam de guerras idiotas que aconteceram no cú de Judas em mil quatrocentos e troca o passo, livros que têm esperança de um dia virem a ser decorados…não compreendidos.


Mesmo para aqueles que conseguem ultrapassar o trauma de decorar paletes de livros que na prática do dia-a-dia não lhes vão servir para nada, depois de se livrarem de tais atrocidades a inconsequência continua.


Não têm ninguém que lhes explique o que é um livro a sério e acabam a ler centenas de “livros” sem terem lido um único livro sequer.


Eu acho que a única forma de não se gostar de ler é ler maus livros. Maus textos com informação superficial e oca que não te leva a lado nenhum.


Os romances são um bom exemplo.


Os romances são brilhantes caixas vazias. São como um grande pedaço de algodão doce que ao serem consumidos se transformam em nada na tua boca. São tendas de circo gigantes montadas no ar. São como uma droga que te torna, literalmente, dependente.


Ler um romance é uma inconsciência. Tal como é uma inconsciência ver a telenovela, uma série ou, pior ainda, o telejornal.


O problema é que ver o telejornal parece uma coisa tão inofensiva que as pessoas não vêem como é que isso pode trazer algum mal ao mundo. Mas é precisamente por parecer inofensivo que é mais perigoso. Se fosse claramente hediondo poucos faziam.


Provavelmente, nesta altura, as senhoras estão todas a espumar da boca, e aquela pequenina veia da testa está prestes a estoirar! :)


O quê! A minha adorada novela das 8, “Fogo de Paixão Ardente no Vácuo do Infinito”, é hedionda! lol


Hey relaxa. Não é o fim do mundo.


Eu sei que é difícil ouvirmos um caramelo qualquer que não nos conhece de lado nenhum resumir a nossa existência. É mais fácil fechar os olhos (e continuar a ser manipulado por quem sabe que é mesmo assim que as coisas funcionam).


Mas se pensares bem…o que ganhas em ver uma novela ou em ler um romance?


Chegas-te ao fim e o que é que ficou?


Nada. Não ganhas-te nada. Ficou o mesmo vazio que existia no inicio. E nunca vais conseguir preencher esse vazio com ficção. Com uma história que não existe e que foi inventada por alguém que é pago para fazer esse trabalho.


Estás exactamente no mesmo lugar que estavas quando começas-te só que mais viciada.


Todas estas coisas são como uma Montanha Russa. Já pensas-te para que serve uma Montanha Russa?


Simples, serve para te dar uma injecção de emoção. Ela não acrescenta qualquer valor à tua vida, simplesmente te emociona. Os parques de diversões são parques de emoções.


Tu pagas para ter uns minutos de emoção tal como pagas para comer uma sandes de torresmos.


O único propósito de todas esta coisas é emocionar-te. Todas elas alimentam a tua necessidade de sentir emoções.


E porque é que tens necessidade de sentir emoções?


Porque as emoções são uma autêntica droga e quanto mais tens mais queres. Eu não digo isto no sentido figurado, as emoções actuam no teu corpo exactamente da mesma forma que uma droga. Se tiveres a coragem de olhar para a tua vida e para as acções que decides tomar (principalmente as importantes), vais ver que são as emoções que gerem cada passo que dás.


Estás a ver aquelas pessoas altamente dramáticas que estão sempre a queixar-se de alguma coisa? Já reparas-te no que acontece quando não têm nada de que se queixar? Elas inventam uma história e a seguir queixam-se com base na história que acabaram de inventar. Criaram uma ilusão para poderem continuar a queixar-se e a sentir a emoção que daí advém.


Faz-me lembrar aquela anedota do homem que vai ao médico e quando o médico lhe diz que ele está fino que nem um pêro ele sai desconsolado do consultório porque o médico nem o examinou, nem lhe receitou um antibioticozinho, nem nada...


Que tristeza, o homem está são! He he


Olha bem à tua volta e apercebe-te da quantidade de decisões automáticas que tu tomas baseado na emoção.


Talvez não aceites um cargo superior na empresa porque tens medo de não estar à altura, talvez não vás falar com aquela bela desconhecida porque tens medo daquela bela rejeição, talvez compres a Maxmen porque queres o sangue a ferver nas veias ou talvez compres a Flash Porque sentes uma necessidade, quase básica, de saber o que é que a Júlia Pinheiro comeu ao pequeno-almoço ou quantas vezes por mês o Cristiano Ronaldo corta as unhas dos pés.


Isto são tudo histórias. ILUSÕES. Não acrescentam absolutamente nada à tua condição ou ao teu desenvolvimento como ser humano, apenas perpetuam a inconsciência e a necessidade de injectares a tua dose diária de emoção.


Todos somos governados pela emoção em maior ou em menor grau mas para as mulheres é bem mais difícil livrarem-se desta bengala pois para a maior parte é uma 2ª natureza. As mulheres comem emoção ao pequeno-almoço!


E por isso os homens que sabem disto e têm dois dedos de testa fazem gato-sapato delas usando esta fraqueza contra elas próprias.


Meninas acordem! Olhem bem para o vosso passado (e talvez para o presente) e notem que os homens que mais vos manipulam são os que mais vos emocionam.


Os homens de qualidade também vos emocionam (sem dúvida!) mas é uma emoção bem diferente…é uma emoção mais…”calma” e “estável”…se é que esta descrição faz algum sentido para ti.


Talvez esta informação venha a ser usada da pior forma mas fica a saber que, se não entendesses mais nada sobre mulheres e apenas dominasses este conceito das emoções, tinhas informação mais que suficiente para teres todos os fins-de-semana “ocupados”.


Enquanto mulher, aperceberes-te disto é meio caminho andado para te livrares disto e ganhares a (genuína) liberdade de escolha que isso traz. Enquanto for inconsciente, não há nada que tu possas fazer para mudar as coisas e vais andar ao sabor das emoções tal como uma folha de papel anda ao sabor do vento. Isto implica muito simplesmente que, também vais andar ao sabor da vontade de quem tem mestria para manipular as tuas emoções. O engraçado é que segues certinha o "carreirinho" mostrado por essa pessoa mas ficas com a clara e distinta sensação de estar a seguir a tua própria vontade. Chama-se a isto, Manipulação Inconscientemente Consentida. Andas pela vida como uma espécie de Zombie, atrás de emoções fortes e não seguindo a tua consciência.

É claro que muito poucas mulheres têm a coragem de admitir isto e afundam-se ainda mais na inconsciência o que, claro, só torna o trabalho de manipulação mais fácil.

Enquanto esta necessidade for inconsciente na humanidade, os jornais, revistas e afins vão continuar a produzir supostas “notícias”, que no fundo são apenas histórias da carochinha pensadas para fazer o teu coração bater depressa, não para te informar do que quer que seja.


O que passa hoje em dia como “noticia”ou “informação” não é mais do que alguns factos mal avaliados por meia dúzia de engravatados sentados na sua secretária.


E normalmente eles fazem questão de serem más histórias porque sabem que a maioria das pessoas ainda se identifica mais com a energia negativa do que com a positiva. As más notícias trazem números de Share maiores e é só isso que importa: Números. Não informação.


E o que será que contínuas histórias e imagens diabólicas do fim do mundo fazem com a mente das pessoas?


Acho que não é preciso ires à China tirar um curso de psicologia avançada para entender:

Pessoas cheias de medo. E pessoas cheias de medo são violentas e intolerantes porque a violência provém do medo.


No fundo basta olhares à tua volta. Se fores a uma qualquer escola secundária é isso que tu vês, pessoas amedrontadas e violentas. O que ontem era um encontrão de ombros por acidente, hoje é uma óbvia provocação que precisa de resposta.


E quando somas a este medo geral o factor “armas” tens um problema porque numa mão trémula o gatilho é bem mais leve…por isso há cada vez mais pessoas a serem baleadas por coisas horrendas e indesculpáveis tais como tirar a carteira do bolso do casaco ou por te fazerem perder 2.7 segundos ao não te darem prioridade na rotunda.


É disto que as pessoas que vêem o telejornal não têm consciência.


Todas as grandes manifestações da nossa realidade provêm de pequenas escolhas que tomamos no dia-a-dia. Coisas insignificantes às vezes, mas que fazem toda a diferença no plano geral. É quase como o bater de asas de uma borboleta no Japão provocar um terramoto na Argentina.


Portanto, resumindo.


1º Os livros são uma ferramenta de evolução única. Deves ler todos os dias um pouco, nem que seja só 15m.


2º Nem todos os livros são dignos do teu tempo. A maior parte não tem interesse em acrescentar valor à tua vida eles simplesmente querem chocar-te para te manter fidelizado. Muitos vão contar-te a história da mulher que foi queimada viva, dos horrores da ressaca de algum toxicodependente ou, quem sabe, de uma bela história de amor entre dois anjos perfeitos que vivem no paraíso rodeados de coraçõezinhos rosados e nuvens de veludo. Por diferentes que possam parecer, todos querem exactamente a mesma coisa: Pôr-te a chorar ou a rir às gargalhas ou zangado ou o que quer que seja, desde que não te mantenhas impávido e sereno.


Então que tipo de livros são dignos do teu tempo? Simples: Os que te fazem evoluir. Seja em que área for.


E que tipo de livros te fazem evoluir?


Bolas que tu és chato pá! :)


Bem…aparentemente o facto de leres um bom livro, não significa que lhe reconheças o valor por isso é difícil ser específico.


A frase "Quando o aluno está preparado, o mestre aparece" é só meia verdade. O mestre aparece vezes sem conta antes do aluno estar preparado mas como ele não está preparado ele não o vê. Não tem a capacidade de o reconhecer. A única coisa que eu posso fazer é dizer-te o que é que a mim me fez evoluir.


Podia dar-te inúmeros exemplos.


Podia dizer-te que um dos livros que mais me fez crescer economicamente falando foi um chamado “Segredos da Mente Milionária” de T. Harv Eker.

Há uma frase nesse livro espectacular: "Se ainda não és rico é porque há alguma coisa que ainda não sabes". Esta frase aplica-se na maior parte da nossa vida. Se ainda não és feliz, é porque há alguma coisa que ainda não sabes. Se ainda não estás em paz, é porque há alguma coisa que ainda não sabes. Se ainda não ultrapassas-te o problema X, é porque há alguma coisa que ainda não sabes.


Repara. Se tu soubesses exactamente o que é necessário para seres rico, simplesmente fazias o que tinha de ser feito para isso acontecer certo? Não andavas a experimentar ao acaso. Se tu ficasses a saber que para seres rico precisavas de premir um botão vermelho durante 2 horas, tu premias o raio do botão vermelho durante 2h e ponto final! Tu não premias o botão cor-de-laranja nem o amarelo. Se tu ficasses a saber que para seres rico precisavas de construir uma jangada de palitos tu ias ao supermercado e compravas 500€ em palitos e cola. Tu não compravas 30kg de repolho e bananas. Ou pelo menos não devias, mas é isso que acontece.


Uma pessoa pobre tem uma coisa espectacular: Uma opinião. Ela tem uma teoria sobre o que tem de fazer para ficar rica. Ela foi pobre toda a sua vida mas, de alguma maneira pensa que sabe como enriquecer, simplesmente tem decidido manter-se na pobreza até agora...por isso lê um livro que lhe está a tentar ensinar alguma coisa de novo com desdém.


Se vais ler algum dos livros que recomendo, abre a tua alma. Caso contrário nem vale a pena começar. Pensa bem, para teres um resultado diferente do que tens tido até agora, precisas obrigatoriamente de fazer coisas que nunca fizes-te até agora. Faz sentido? Se vais continuar a fazer as mesmas coisas que tens feito até agora, então vais obter os mesmos resultados que tens obtido até agora. Não será?


Se tens uma receita de bacalhau a braz óptima e lhe acrescentas 3 tomates e uma entremeada picada, obrigatoriamente vais ter um resultado diferente. Se tens uma má receita e mudas algo, isso não significa que vás obter uma boa receita mas, eventualmente, com a experiência, chegas lá.


Riqueza, tal como evolução pessoal, implica mudança. Sem mudança não há sucesso em nenhuma área da tua vida.


Outro livro que, definitivamente, precisas de ler é de um Português: Daniel Sá Nogueira “Trate a vida por tu”.

Este livro pôs muitas coisas preto-no-branco para mim. A maneira como foi escrito demonstra que o Daniel é alguém que tem um grande conhecimento da forma como as pessoas funcionam “na vida real”. Ele é incrivelmente específico e prático e as pessoas adoram isso.


Na área da saúde, o livro que revolucionou a minha forma de ver as coisas chama-se “Curas Naturais que eles não querem que você saiba” de Kevin Trudeau.

Este é um livro com um titulo um tanto ou quanto “cheesy” e algo me diz que se o lesse agora, provavelmente não ia ter o tremendo impacto que teve na altura mas não posso negar o mérito ao livro que me abriu os olhos nesta área.


Finalmente vou terminar com um livro assombroso que toda a gente devia ler: “Um novo mundo” de Eckhart Tolle.

Os ensinamentos presentes neste livro são simplesmente de valor incalculável. É até estranho que ele tenha conseguido por as coisas em palavras! E de forma tão brilhante.


Este, como todos os livros que acabei de mencionar em cima têm o factor “Eureka!” no seu expoente máximo. São livros que não querem saber se tu choras, se ris ou se fazes o pino. Todos têm genuíno interesse em te fazer crescer e, leres algum deles sem evoluir é, na minha perspectiva, impossível. Depois de conheceres os pontos de vista presentes nestas obras-primas é impossível voltar atrás. Mesmo que não entendas patavina do que eles querem transmitir, não há volta atrás. É como se plantassem uma pequena semente dentro de ti que vai germinando no teu subconsciente até chegar uma altura em que simplesmente não podes ignorar a flor. Quase que és obrigado a evoluir :)


Ok, por agora ficamos por aqui. Espero ter-te ajudado no teu caminho de evolução e muito obrigado por leres este post.


Não uses os livros, a televisão, os carros, as pessoas ou o que quer que seja para preencher as tuas faltas e necessidades e para te sentires completo, porque quando aquilo ou aquela pessoa desaparecer da tua vida, voltas à estaca zero. E esse dia chega sempre meu amigo...porque tudo isso é perecível e temporário. Mais tarde ou mais cedo vais ter de lidar com a perda da rolha que usas para tapar a tua inconsciência. A única solução é desenvolveres a tua consciência para deixares de sentir essa necessidade.


David Veríssimo

labirintotransparente@gmail.com

domingo, 14 de agosto de 2011

Como desenvolver uma conversa com uma mulher? O que dizer? – As 2 intenções básicas

No seguimento do último post, hoje vamos tentar perceber como desenvolver naturalmente uma interacção. Que tipo de assuntos deves abordar? Que tipo de assuntos não deves abordar? Deves ser sério ou brincalhão? A conversa deve ser curtinha ou prolongar-se até às tantas? Com que tipo de atitude deves encarar aquele momento? Se lhe pagares um Safari Cola ela vai saltar-te para o colinho e ronronar que nem uma gatinha perdida?

Vou responder a quase todas estas questões já de seguida mas antes de o fazer quero falar-te em algo mais importante que isto: A razão.

O que vai definir os resultados que tens é a razão.

Quero que penses no que é que te leva a ir falar com uma mulher.

O que é que está por trás da tua conversa? Qual é a tua intenção?

É contribuir positivamente para o dia dela ou é fazer-lhe um filho?

Se calhar é contribuir positivamente para o dia dela fazendo-lhe um filho…o que não está nada mal. É um gesto de grande altruísmo.

Aliás como toda a gente sabe, as mulheres têm grande dificuldade em encontrar homens dispostos a tamanho sacrifício.

E então? Qual é a tua intenção?

Muitos homens partem de uma posição de fraqueza pois a sua intenção não está alinhada com a energia universal. É uma intenção egocêntrica e interesseira que lhes retira poder e energia. E a mulher sente imediatamente essa falta de energia.

Tu próprio a sentes. Alguma vez reparas-te que mesmo quando mentes conscientemente sobre algo que tu sabes que não é assim, perdes energia? Enfraqueces? Há algo dentro de ti que bloqueia a tua energia. Há algo que não deixa as coisas fluírem naturalmente.

Se disseres muitas vezes a ti próprio que és um imbecil, mesmo que não acredites nisso, vai chegar o dia em que vais começar a duvidar…

A força da intenção é poderosa mas ela só funciona se estiver alinhada com a verdade do universo / com a verdade dentro de ti. Se estiver desalinhada ela enfraquece-te.

Antes de começares sequer a pensar sobre qual a forma mais adequada de agir neste tipo de situações deves avaliar muito bem quais são as tuas intenções para com as mulheres.

Se não o fizeres corres o risco de sair derrotado antes sequer do jogo começar.

É esta aliás, como já expliquei, a razão principal para todos os Pick Up Artists fracassarem nos seus relacionamentos com as mulheres. Superficialmente aparentam ser altamente realizados mas no fundo não conseguem ter um relacionamento verdadeiramente profundo e gratificante com nenhuma delas. E até que as suas intenções mudem e se alinhem com a energia universal, isso não vai acontecer.

Em primeiro lugar tu tens de partir de um desejo de contribuição.

Não deves partir da ideia de lhe “sacar” o número ou de a fazer agir desta ou daquela maneira.

Repara, a minha primeiríssima intenção quando interajo com qualquer mulher (com qualquer pessoa, na verdade) é obter um sorriso.

That’s it, um sorriso.

Não penses como podes levá-la a sentir-se atraída por ti, não penses como podes passar uma ideia de macho-man implacável e não penses como podes usá-la em teu benefício de nenhuma outra maneira. A tua intenção primordial deve ser a de fazer com que aqueles minutos sejam agradáveis e divertidos para ela e ela saia dali descontraída, relaxada e com um sorriso nos lábios.

Esta é a intenção principal: Contribuição. Tentar fazer com que o dia dela melhore. Dar-lhe a possibilidade de descontrair 5 minutos e ser ela própria. Deixá-la bem-disposta. E fazer isso tudo sem esperar absolutamente NADA em troca.

Agora muita atenção: Com o tempo vais perceber que fazer isso e não receber nada em troca é impossível. E é impossível porque tu recebes sempre na medida em que dás. Ainda assim, mesmo tendo perfeita consciência disso, a tua intenção fundamental nunca pode ser a de receber algo em troca. Tens de dar de coração, simplesmente porque tens prazer em contribuir para o dia dela.

Tu tens consciência que vais receber mas não é por isso que fazes o que fazes.

Se não recebesses agirias exactamente da mesma forma.

Sim?

Fixe.

2ª intenção: Conhecê-la.

É incrível a quantidade de homens que se dispõe a ter um relacionamento sério com uma mulher sem ver grande necessidade de a conhecer. De conhecer a sua personalidade, a sua forma de estar na vida, as suas ideias. Faz-me lembrar uma anedota em que o dono de uma empresa procura uma secretária. Três mulheres aparecem para tentar ocupar o cargo então o homem para as conhecer e por à prova dá 100€ a cada uma e pede-lhes para investirem a nota como muito bem entenderem e voltarem daí a uma semana. No dia marcado lá estavam elas para explicar as técnicas que tinham usado. Uma pôs o dinheiro a render no banco, outra tentou a sorte num casino e a última deu tudo a uma associação de caridade.

Qual das 3 é que o homem contratou? A que tinha o peito maior.

Muitos homens não querem saber que tipo de mulher ela é, eles simplesmente procuram uma mulher-tipo.

Esta ideia, embora lucrativa a curto prazo, é altamente ruinosa a longo. Tira da ideia o tão romântico quanto patético “amor à 1ª vista”. O “amor à 1ª vista” não passa de uma história da carochinha que nos venderam. É a desculpa perfeita para justificar os nossos impulsos puramente físicos.

Portanto, tendo em conta as duas intenções base já deves ter uma ideia do que dizer certo? Não?!! :)

Damn…ok, here we go.

Em 1º lugar é preciso entender que nem todas as oportunidades são boas oportunidades. No inicio, enquanto estás a aprender, faz sentido falares com tudo o que mexe mas ao fim de um certo tempo deixa de fazer sentido.

Não é natural saíres do teu caminho apenas para conhecer esta ou aquela mulher. Isso é mentalidade de escassez. Não digo que nunca o deves fazer mas, regra geral, não.

Aquilo que tens de fazer sim, é desenvolver um modo de vida em que “és obrigado” a lidar com mulheres de forma consistente.

Isso criará uma envolvência diferente. Nada é forçado.

Depois de iniciares uma conversa, o teu 2º objectivo deve ser conhecê-la. Tentar perceber que tipo de mulher tens à tua frente. Tentar perceber se existe uma química entre vocês. Há pessoas que simplesmente não ligam e isso não quer dizer que algum deles seja má pessoa ou que esteja a fazer alguma coisa mal. Isso é perfeitamente natural e seria impossível conseguires ter uma ligação espectacular com todo o mundo. Esse é aliás um dos pontos base dos relacionamentos inter-pessoais: Prepara-te para falhar.

Até encontrares a mulher certa é inevitável que conheças muitas erradas.

Se não estiveres à vontade com a rejeição provavelmente vais arranjar uma depressão ou coisa parecida.

É como jogar no totoloto, a pessoa tem esperança no melhor mas está perfeitamente preparada para o pior. Ela não leva a peito a derrota. Ela sabe que dadas as possibilidades que tem de acertar na chave vencedora provavelmente vai ter de jogar centenas ou milhares de vezes até que lhe calhe um prémio digno desse nome.

Just move on, no big deal.

Faz-lhe perguntas sobre a vida dela. Deves ir sempre no intuito de tentar perceber se ela atinge os TEUS padrões de qualidade. (Aqueles que tu previamente definis-te lembras-te?) Pergunta-lhe quais são as suas paixões, o que ela gosta de fazer, que caminho tem vindo a trilhar e que planos tem para o futuro. Se vocês tiverem alguma paixão idêntica óptimo! Falem sobre isso!

Não lhe fales do tempo que está hoje nem de temas aborrecidos e/ou demasiado complexos como politica, religião ou as acções da bolsa de valores. Evita este tipo de temas a todo o custo. A conversa nunca pode ser muito racional e analítica. Tens de criar uma ligação emocional com ela. Vou repetir: Tens de criar uma ligação emocional com ela.

Faz as perguntas que tens de fazer de forma descontraída e divertida sempre com a noção de que ela não está numa entrevista de emprego nem num interrogatório da PJ.

Já sei que existe muito o medo de ficar sem assunto e não saber o que dizer e deixar aquele silêncio constrangedor instalar-se mas não perguntes coisas que na verdade não queres saber. Isso gera a tendência de adoptar a chamada “postura de apresentador”.

Pelo nome já deves ter adivinhado de que se trata. É uma postura electrificante que não dá espaço a vazios. Na minha terra chama-se a isso “encher chouriço”.

Pressionas-te tanto a falar, a dizer qualquer coisa que te venha à mente com medo do terrível silêncio que, mais cedo ou mais tarde, acabas por dizer uma bacorada qualquer sem sentido. E isso é bem pior do que o constrangimento do silêncio.

Já deves ter visto os programas tipo “árvore das patacas” que dão às tantas da manhã certo? Esse é o perfeito exemplo do que estou a tentar dizer. Eu não tenho dúvidas que as pessoas que apresentam esses programas são inteligentes mas tenho que dizer que a minha certeza abana sempre que vejo o programa...Presta atenção à energia em que estão instaladas. Vê bem o que a alta energia constante faz com elas. Chegam ao ponto, por exemplo, em que vêm necessidade de lembrar os espectadores de 5 em 5 minutos do telefone para ligar para lá quando ele ocupa metade do ecrã do televisor e está rodeado de luzes psicadélicas que piscam como se a tua vida dependesse daqueles algarismos.

Come on…give me a break…

A resposta não está no princípio nem no fim, a resposta está no meio. Os extremos raramente são boa ideia.

Quando estás com uma mulher não podes estar completamente apático e indiferente e esperar que ela tome a iniciativa ou conduza a conversa mas também não podes parecer um coelhinho da Duracell sob o efeito de anfetaminas, got it?

Mais uma vez tens de integrar o paradoxo. Cá estão, como sempre, os nossos amigos opostos.

E isto serve também para o tipo de conversas que deves desenvolver com ela. Passo a explicar.

Monstros como Dale Carnegie, a quem desde já faço uma demorada vénia, explicam que quando conversas com alguém, os assuntos devem ser relacionados com os interesses dessa pessoa. Ou seja, se perceberes que ela adora ciclismo, perguntas-lhe que bicicleta ela tem, onde costuma ir com ela e falas-lhe na vuelta. Se vês que ela tem uma paixão por cães perguntas qual a raça que ela mais gosta, quantos cães tem, como se chamam, que idade têm, porque é que um deles está a “montar” a tua perna e se for preciso rebolas, finges de morto e ladras aos carros que passam de vez em quando. Estás a ver a ideia?

Às vezes vais ter sérias dificuldades em dar a entender que a polícia já deve andar à tua procura mas esta é uma técnica muito simples e, acredita, faz maravilhas. As pessoas ADORAM falar das suas paixões!

Eu dir-te-ia para usares e abusares desta técnica não fosse um pequenííííííssimo detalhe…

Million dollar question: Que nome é que se dá ao acto de agir de uma determinada forma no intuito de obter um determinado resultado que nos beneficia pessoalmente?

Não sabes?

Eu tenho um nome muito, muito giro para isso: Manipulação.

Ah pois é bebé.

Estás a tentar controlar os acontecimentos. Queres falar em determinados temas só porque que te ajudam a obter o tão procurado “selo da aprovação”. Na verdade tu até odeias cães mas vais perguntar por eles porque isso vai fazer com que ela goste mais de ti.

Fuck that shit!

Há muitos gurus que discordam fortemente deste meu ponto de vista mas esses gurus escreveram livros intitulados de “Como influenciar as pessoas” ou “Como fazer com que as pessoas gostem de si”.

E porque raio é que tem de haver uma razão egoísta para tratares bem as outras pessoas?

Porque não um “Como proporcionar um dia espectacular a uma desconhecida só porque sim”?

A tradução resumida dos livros que eles escreveram é: “Diga ou faça isto àquela pessoa e em troca ela vai mostrar sentimentos de afecto para consigo”. A pessoa é levada a agir no intuito de ser beneficiado de alguma maneira com isso. É dar para receber, não é dar de coração.

Elas estudaram para descobrir as melhores técnicas para te transformar num íman de pessoas e, don’t get me wrong, esta técnica é MESMO uma das mais poderosas para fazer com que as pessoas te adorem. Não ponho isso em dúvida. Mas não confundamos as coisas…

O que é que tu queres? Agir de forma a fazer com que as pessoas te amem independentemente dos teus gostos, interesses ou necessidades ou desenvolver uma conversa estimulante para ambos em que existe uma efectiva troca de informação? É que as pessoas que lêem esses livros são instruídas a mudar de assunto quando a outra pessoa faz uma pergunta sobre eles (!?!)

Tudo para poderem mostrar quão interessadas e compenetradas estão em saber a que horas ela foi despejar o lixo. Que romântico…

Manipulação. Descarada, caprichosa e requintada MA-NI-PU-LA-ÇÃO.

Mas atenção. Que tenhas a capacidade de separar as águas! Tens que entender que na verdade essas pessoas são MESMO peritas em atrair quantidades industriais de pessoas e toda a gente as adora e pergunta por elas a toda a hora.

Da mesma forma os pick up artist de TOP também são MESMO os campeões a levar miúdas para a cama, eu não duvido disso nem por um segundo. Eles estão MESMO a falar verdade quando dizem que põem as mulheres num frenesim num estalar de dedos e que já andaram com 300 ou 400.

Mas não confundas os conceitos, a forma mais eficaz de agir não é necessariamente a mais desejável. Tens que arranjar um equilíbrio, um meio-termo.

A quantidade não tem lá grande valor e além disso não te diz como é que foi conseguida pois não? Será que o que tu queres é ser uma enfardadeira humana? Queres “aviar” mulheres umas atrás das outras que nem frangos pré-embalados? Queres atrair romarias de pessoas da Conchinchina que atestem que és a pessoa mais querida e fofinha do universo? É isso que tu queres?

Pensa bem na tua resposta.

Contribuição Versus Egocentrismo.

Tens que decidir de que lado estás.

Qualidade Versus Quantidade.

Aproximares-te dela e dizeres “Olá Tânia, tudo bem?” com um sorriso natural e simpático na cara é o 1º degrau de uma longa e sinuosa escadaria. Se começares com estes conceitos acho que não vais nada mal lançado.

Alguma outra dúvida que tenhas já sabes: labirintotransparente@gmail.com

David Veríssimo

domingo, 26 de junho de 2011

A frase de engate mais eficaz do mundo

Ok, com este título acabei de atrair tudo quanto é depravado Yeah! :) Portanto assim sendo, senhor depravado vamos largar o Porntube 5 minutinhos e preparamo-nos para aprender a pick-up line infalível. Quando a souberes vais poder aproximar-te de qualquer mulher e deixá-la maluca a tremer das canetas. Use with caution.

A razão de ter decidido revelar este segredo ancestral prende-se com o facto de, aparentemente, esta ser uma das questões mais recorrentes no universo masculino.

Há uma demanda muito grande nesta questão por isso eu (que sou um coração mole) resolvi acabar com toda a incerteza e por tudo em pratos limpos.

Ok chega de rodeios, vamos directos à questão. Estás preparado?

Cá vamos nós.

Então…ao veres uma mulher que capte o teu interesse, diriges-te a ela imediatamente. De seguida olha-la nos olhos e dizes com um ar entre o inspirado e o surpreendido: “Olá”

Aponta depressa num papel e repete-a muitas vezes para não te esqueceres! A frase de engate infalível é “Olá”

:)

Ok, estava a brincar.

Se bem que nem toda esta conversa é ridícula sabes. E a “frase infalível” que acabei de te dar tem muito de acertada…

Quando comecei a aprender sobre a atracção estava na disposição de fazer o que fosse preciso para deslindar todas as dúvidas na minha cabeça.

Uma dessas dúvidas era como é que eu podia iniciar uma interacção sem espinhas.

Ou seja, como é que eu podia começar uma conversa com uma desconhecida qualquer, de modo a que ela ficasse tão encantada com a minha distinta 1ª frase que me desse o número dela na hora de bom grado e com um sorriso de orelha a orelha de preferência.

Ou seja, como é que eu podia fazer para ser poupado à difícil e ingrata tarefa de estar agora a iniciar uma conversa normal com um ser humano do sexo oposto.

Ou seja, como é que eu podia fazer com que ela ignorasse por completo a minha falta de qualidades sociais e se limitasse a ser uma fofinha.

Ou seja, como é que eu podia fazer para eliminar a incerteza da rejeição

Voilá.

Depois de tanto entulho chegámos à única palavra que importa nesta matéria: Rejeição.

Mais propriamente o medo da rejeição.

Os homens querem frases de engate infalíveis porque isso elimina a ânsia de não saber como a mulher irá reagir. Como acontece se ele disser algo como…”Olá… :) Tudo bem?”

É que a seguir a um “Olá, tudo bem?” pode vir um “Eu por acaso conheço-te de algum lado seu estupor de merda?”

E essa ideia é tenebrosa para muitos homens. A ideia de ser rejeitado é inconcebível. Como se a rejeição vinda de uma estranha que não sabe absolutamente nada sobre ti ou sobre os teus valores significasse alguma coisa.

Claro que não significa, mas a imagem perfeita que os homens que procuram frases de engate infalíveis têm de si próprios impede-os de assumir uma falha. Um erro. Uma rejeição.

Isso significaria que a projecção imaculada de si próprios que tanto lhes tem custado criar e proteger, viesse por aí abaixo que nem um castelo de cartas.

É claro que isso seria a melhor coisa que lhes podia acontecer na vida mas eles ainda não sabem disso.

Se és um destes homens e ainda estás a ler este texto parabéns! Isso demonstra que estás farto dessa sensação de medo e incerteza e que queres resolver o problema.

Eu consigo entender perfeitamente como te sentes, não só por já ter passado por isso mas também porque, continuo a passar.

Verdade seja dita, mesmo depois de todo o caminho que já percorri, continuo a notar essa ansiedade. É claro que ela já não me domina como dominava antes mas, não haja dúvidas, continuo a senti-la.

Surpreso? :)

Bem…embora talvez fosse bom para a minha imagem, seria uma grandessíssima hipocrisia da minha parte, vir para aqui dizer que não sinto qualquer tipo de pressão/ansiedade quando abordo uma mulher.

Sinto.

Nem sempre, mas acontece.

E, provavelmente, tu nunca te vais livrar dela também. Ao contrário do que possas pensar, isto é um bom sinal.

É, até certo ponto, inevitável, porque para não haver qualquer pressão/ansiedade tu tinhas de estar completamente nas tintas para o resultado dessa interacção e se estás a ler este post certamente que não estás...é um pau de dois bicos (mais um paradoxo).

Para não sofrer tens de estar liberto de todo e qualquer tipo de desejo. Havendo desejo, há possibilidade de frustração, dor e sofrimento.

Se tens o desejo de encontrar uma mulher de qualidade que te preencha e faça sentir o homem mais feliz do mundo, então não acredito que te livres da pressão.

A ansiedade está na própria essência do teu desejo.

Claro que existem técnicas (como a meditação por exemplo) que te ajudam a lidar com essa sensação.

A mais rápida e eficaz a reduzir drasticamente esse medo é uma técnica que, como já deves ter adivinhado, implica…pegar no boi pelos cornos :)

A forma de fazeres com que o medo pare de te dominar é obrigares-te a fazer o que te mete medo vezes sem conta.

Eu nunca fui dos rapazes mais tímidos mas para tentar acabar com esse sentimento de ansiedade já fiz de tudo...um dia pensei no pior cenário que podia acontecer em caso de rejeição. Cheguei à conclusão que na pior das hipóteses podia levar um tabefe nas trombas. É claro que nenhuma mulher por mais furibunda que esteja dá tareia num caramelo que se aproxima dela a dizer “Olá. Tudo bem?” com um sorriso simpático na cara mas eu já estava por tudo… lol

Então após esta magnífica conclusão, comecei a perguntar calmamente às mulheres se elas podiam fazer o especial favor de…me esbofetear…imagina só…

Eu sei que é de loucos.

Mas isto era uma espécie de “Ok, vamos lá despachar já a parte chata para passarmos à parte em que dizes que me amas” :) Se era eu próprio a pedir-lhe que ela fizesse o pior dos cenários que eu imaginei então dali em diante seria sempre a somar!

Foi nessa altura que percebi que

Começar logo por bater no fundo elimina o medo de bater no fundo.

Parecendo que não, esta entrada de rompante tinha alguns benefícios. Primeiro já não estava ansioso com a incerteza de levar um tabefe (ia com a certeza de o levar :) e depois com uma entrada destas tirei da minha cabeça o Mr Perfect. Para além disso este início garantia que ela me prestava a sua máxima atenção. Obrigou-me ainda a desenvolver o dom da palavra e a não dar tanta atenção à rejeição. Depois desta experiência tentei ainda mais umas entradas espinhosas como por exemplo acusá-la de ser um homem ou de ter chumbado 23 vezes na pré-primária. A certa altura parecia mesmo que estava a fazer os possíveis para ser rejeitado…

Acho que lhe ganhei o gosto.

All in good fun.

Foi uma terapia do caraças!

Pedia números de telefone a mulheres que certamente, em casos normais teriam merecido mais atenção da minha parte e rasgava-os no 1º caixote do lixo que encontrasse.

Às vezes ainda olhava 1 segundo para o bilhete como que a perguntar se não estaria a cometer um erro de palmatória mas por outro era uma sensação de liberdade única.

Com isso também quebrei um outro mito que diz que arranjar números de montes de mulheres é uma tarefa Hercúlea. Na verdade isso são tudo tretas. Só quem não tentou fazê-lo poderá achar que é difícil. A única coisa que tens de fazer é pedir-lho. (Vá, esta é de borla…)

A sério! :) É claro que isto implica que a páginas tantas possas ter de ouvir o sempre saudoso “Para que é que queres o meu número?!” (Hmmm…assim de repente não estou bem a ver para que poderá servir uma coisa dessas…) ou o mais amistoso “Nem penses que te vou dar o meu número LOOSER!” e isso por sua vez implica que tenhas de lidar com a rejeição.

E esse, mais uma vez, é que é o verdadeiro problema. Perguntar não é nem nunca foi o problema. O problema é que uma pergunta implica uma resposta. E a resposta pode muito bem ser um “Não, bem-haja” ou um “Vai-te tratar…”.

É claro que também implica um eventual “Sim, bem-haja” ou um “E se eu te desse antes um linguado de 30 minutos?” mas aparentemente estes não são tidos em consideração.

Se queres saber, a maior parte das mulheres não tem lá grande problema em dar-te o número delas. É claro que não é chegares do nada ao pé dela e largares a bomba (se bem que isso até funciona mais vezes do que seria de esperar)…eu tinha a minha forma própria de pedi-lo mas essa forma aprendi-a em 5 minutos (Se tanto).

Arranjar números é a coisa mais fácil do mundo. Conseguir que o número que tu arranjas-te depois dê sinal de vida já é uma história bem diferente... :)

Elas dão o número com relativo à vontade porque sabem que só te respondem se quiserem.

Teres o número ou o e-mail dela não garante nem significa nada. Se não a cativas(-te) como deve ser ela vai ignorar-te exactamente como faz cara-a-cara.

Bem, mas estamos a fugir ao tema…

Isto tudo é só mesmo para dizer que não existem frases de engate infalíveis e quem te disser que tem uma é porque provavelmente nunca a testou.

Nenhuma frase vai fazer o “trabalho sujo” por ti.

Depois de iniciar interacção com tantas mulheres, de dizer inúmeras bacoradas sem nexo e de experimentar todas as frases de engate que os gurus que eu lia na altura me sugeriam, devo dizer que a frase que provou ser a mais naturalmente impactante foi um simples e modesto…“Olá”.

Dei voltas e reviravoltas, ruminei horas sem fim, fiz mil e uma previsões, apenas para vir parar exactamente ao sítio onde estava quando comecei. O meu complicómetro é um espetáculo… lol

Um simples “Olá” é mais do que suficiente porque não é o início nem é o final que interessa…é o meio. Se o meio não fosse importante os autocarros não tinham janelas.

Se souberes o nome dela ainda melhor. Um “Olá Tânia! Tudo bem?” sempre acompanhado por um sorriso descontraído e natural é ouro sobre azul.

É difícil explicar como é que 3 letrinhas apenas conseguem este efeito mas garanto-te que a maioria das mulheres responde incrivelmente bem a este cumprimento. E eu não li isto em nenhum livro…

Experimenta por ti. Esquece o ar de mauzão. Esquece os comentários cheesy que numa folha de papel ou num ecrã parecem perfeitos mas depois na realidade não funcionam bem como seria de esperar. Basicamente não compliques o que é fácil, a roda já foi inventada há muito tempo. Sê tu próprio, sem artimanhas espertinhas e manhosas e sem a fria manipulação, essa é a forma mais poderosa de atracção que existe.

David Veríssimo

labirintotransparente@gmail.com