domingo, 28 de junho de 2009

Automatismo Versus Intenção

Tal como já tinha dito num post anterior, para fazeres o cérebro da mulher libertar os químicos que desencadeiam as reacções químicas que a levam a sentir-se atraída por ti, tens de executar um determinado tipo de acções. Na altura dei o exemplo que se costuma ver em alguma feiras, do homem ou mulher que está em cima de uma plataforma que pende sobre um tanque de água. Este sistema tem um funcionamento similar ao modo como a mulher se sente atraída, e para todos os efeitos, tem até um funcionamento similar a muitas outras coisas na vida. Mas para já centremo-nos no tema da atracção. Repara:

Qual é o objectivo do jogo da feira? Molhar a pessoa que está sentada na plataforma certo? Quando é que isso acontece? Isso acontece logo que o alvo vermelho seja comprimido e a plataforma caia, deixando cair também a pessoa que está lá em cima para que se junte à água e aconteça a humidificação. Como é que isso acontece? Sempre que alguém projecta uma bola na direcção exacta desse tal alvo e com a força suficiente.

Qual é o objectivo da atracção? Ter sexo com outra pessoa certo? Quando é que isso acontece? Isso acontece quando no cérebro de pelo menos uma das 2 pessoas envolvidas, as bolinhas dos químicos da atracção forem libertadas para que choquem umas com as outras acontecendo assim as reacções químicas correspondentes. Como é que isso acontece? A pessoa tem de projectar uma personalidade com as qualidades certas na direcção exacta da outra pessoa, ou dito de outra maneira: Tens de “carregar nos botões certos” dela.

Tás a ver o filme? A atracção é uma coisa automática. Em termos simplistas é como teres um controlo remoto da pessoa: Carregas no botão ON e ela imediatamente sente-se atraída. É algo que ela não consegue controlar. Nem tu.

É claro que isto é muito mais fácil de dizer que de fazer…ainda assim, é algo que está perfeitamente ao alcance de quem decida aprender e não é, repito, NÃO É, como querem fazer-te acreditar, uma coisa totalmente imprevisível e aleatória. Quem diz isso fala através da sua própria ignorância.

Não é preciso ser nenhum Sherlock Holmes para chegar à simples conclusão que se realmente fosse uma coisa aleatória determinado tipo de homens não atrairiam mulheres de forma prolongada e consistente como o fazem e principalmente, determinados homens não repeliriam as mulheres de forma prolongada e consistente, como o fazem.

Faz sentido?

E eu não estou a dizer que o facto de ser automático é bom, estou a limitar-me a descrever as coisas como elas são e não como gostaria que elas fossem. Se queres saber até acho que é péssimo…não sou grande apoiante dos automatismos. É certo que te facilitam a tarefa mas é precisamente por isso que não gosto deles. Se o Word te corrige uma palavra qualquer, tu não chegas a perceber que a estás a escrever mal ou, mesmo que percebas, nunca fazes o esforço para mudar e passar a escrevê-la bem porque o software o faz por ti. Os automatismos impedem a evolução de acontecer. O melhor exemplo que me ocorre agora é o do carro com mudanças automáticas. Se tens um Fiat Panda e um dia compras um carrão com mudanças automáticas e tudo quanto é paneleirisse, acabas por perder a sensibilidade que tinhas desenvolvido na “caixinha de fósforos”. Quando chove, o limpa pára-brisas é accionado sem tu fazeres nada, quando fica de noite ou passas num túnel, os sensores imediatamente ligam as luzes e se tens mudanças automáticas acabas por chegar a um ponto em que deixas de conseguir SENTIR quando é a altura certa para por uma mudança.

Talvez isto de ser automático te faça alguma confusão mas repara. Eu adoro documentários da vida selvagem e também sempre me impressiona ver as danças de acasalamento dos animais. Todas as espécies têm os seus rituais e movimentos específicos nas suas danças e é realmente incrível que mesmo os animais que nascem em cativeiro fazem a sua dança do amor sem NUNCA terem visto outro da sua espécie a fazê-lo. E fazem-no EXACTAMENTE DA MESMA MANEIRA que todos os da sua espécie! É ou não é incrível?

Isto é a prova que é algo que está inscrito nos seus genes. Já nasce com eles, não precisam que ninguém lhes ensine. E outra coisa interessante é que, se por acaso se enganam em algum dos passos ou o fazem fora do ritmo que é suposto, a fêmea pira-se dali enquanto o diabo esfrega um olho…

É por isso que tu até podes aprender cinco dúzias de frases fabulosas para impressionares uma mulher mas se depois a dança continua e o resto do teu comportamento não está de acordo com o que tu dizes é a mesma coisa que não teres dito nada…aliás é pior porque começas-te uma coisa que não consegues acabar.

Nos tempos de Shakespeare quando se desembainhava era mesmo para combater. Não havia cá pão para malucos. Ninguém mostrava a lâmina da sua espada se não tivesse pura intenção e completa capacidade de ir até ao fim.

Se chegares ao pé da mulher e disseres “eu sou uma pessoa com grande ética” e se quando fores embora ela te vir tirar o carro de uma zona para deficientes és capaz de ter baixado uns pontos na consideração dela. Lembra-te: É o teu comportamento geral que vai definir se a mulher se mantém atraída ou não. Aqui não há soluções rápidas e imediatas. As frases de engate que lês na Maria e na Ana + atrevida são pensos rápidos que não tratam a ferida, só a escondem durante algum tempo. São espadas desembainhadas e postas na mão de alguém que não pode com elas.

Tu podes aprender um passo da coreografia mas se não souberes a maior parte do padrão não há nada que possas fazer para a levares a sentir-se verdadeiramente atraída por ti. Por outro lado, se o teu comportamento estiver bem sintonizado no ritmo certo, não há nada que ELA possa fazer para não se sentir atraída por ti. Nice…

Ela pode pensar racionalmente e fazer o esforço de te rejeitar (nesse caso terias de ser um grande sacana…) mas mesmo nesse caso, ela não conseguirá parar de sentir-se atraída por ti. Isso é algo fora do controlo dela. Isso seria quase como tentares parar os teus batimentos cardíacos, ou tentares não suar…

A mesma coisa se passa com a comida. As pessoas têm tendência para comer o que lhes faz bem ou o que lhes SABE bem? Se visses um pastel de nata e uma cenoura em cima da mesa, em qual pegavas primeiro?

Se uma pessoa for obrigada a escolher entre fazer o que lhe SABE bem a curto prazo e fazer o que lhe FAZ bem a longo ela escolhe a 1ª opção.

É por isso que as pessoas ingerem açúcar como se não houvesse amanhã, é por isso que as pessoas fumam e é por isso que a mulher escolhe o homem que SABE a bom e não aquele que É bom.

O que é interessante é que se perguntares a uma mulher o que ela preferiria ela vai responder que obviamente prefere o que é bom a longo prazo mas quando se vir na situação em que tenha de escolher, 9 em cada 10 vezes ela manda lixar o longo prazo e vai atrás do que no inicio (pensando racionalmente) apelidou de “insensível”, “abusador” e “mal-educado”. É fatal como o destino.

Depois chora e diz que não tem “sorte” com os homens. Ou seja, delega a função de encontrar um homem de qualidade, à sorte e ao azar. Ou seja, culpa eventos externos pelo que acontece na sua vida e desmarca-se da responsabilidade.

Se queres encontrar um homem ou uma mulher de qualidade tens de tomar conta da tarefa TU próprio(a). Tens de parar de arranjar desculpas esfarrapadas como a “sorte” e o “azar” e tens de bater com a mão no peito. Tens de aprender como fazer as coisas acontecerem e desenvolver em ti as qualidades necessárias. Não podes queixar-te de não encontrar uma coisa que não mereces ter.

David Veríssimo

planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Linguagem Corporal


Aqui está um dos meus temas favoritos! Isto é algo tão incrível e tão fascinante que eu nem sei bem por onde hei-de começar. Talvez pelo principio…

Bem, vamos lá ver.

As pessoas comunicam umas com as outras certo? Nada de novo até aqui. Comunicar é algo absolutamente necessário para a nossa sobrevivência e bem estar. Se não comunicas estás sete palmos debaixo da terra. Nice and simple.

Se não conhecesses o titulo deste post talvez pensasses que eu me estava a referir à linguagem verbal porque é a mais conhecida mas existem mais formas de comunicar. Eu por exemplo, ao estar a escrever este texto, estou a comunicar contigo através da escrita. Se estás a relatar um jogo de futebol, estás a usar a comunicação verbal.

Conforme foste crescendo foste aprendendo a dar muita importância a este nível de comunicação (verbal) mas na verdade ele representa apenas uns míseros 7% de toda a comunicação. Se não tiras-te 0% na prova global de matemática da semana passada já sabes que sobram 93% deste bolo. E acredites ou não vão inteirinhos para a linguagem corporal.

Isto seria como falares 100 palavras e a pessoa que estava a ouvir, com sorte, apanhava 7…isto seria como leres este parágrafo e no fim já só te lembravas de “Isto…ouvir…parágrafo…irrelevante…boneco…pessoas retêm”, isto significa que o que tu dizes é praticamente irrelevante. Talvez isto te seja difícil de aceitar porque ninguém gosta de falar para o boneco…nós gostamos de pensar que o que nós dizemos é aquilo que as pessoas retêm.

Mas não é bem assim...

Para confirmares que não é, basta que ligues a TV. Os políticos, por exemplo, são profissionais nisso. Eles podem dizer a maior barbaridade do mundo mas dizem-no de tal forma que fazem as pessoas votar neles. Muitos podem dar-se ao luxo de ganhar eleições com uma promessa e depois não a cumprem! As pessoas vão chamar-lhe aldrabão mas quando chegar o dia das eleições ele vai enfeitiçar a maioria novamente. Que maior prova que esta poderá haver para confirmar que a palavra não importa?

E aquela voz grave…pausada e…sedutora dos trailers de cinema Norte-Americanos?

“THIS FALL…BRRRRRRUUUM…ONE MAN…BRRRRRRUUUM…ONE WOMAN…BRRRRRRUUUM…ONE DESTINY…THEY WERE MEANT TO FIND LOVE…THE HARD WAY!…” Só para dizer meia dúzia de frases, deve chover mais na carteira deste gajo que na da maioria dos actores do filme :)

Mas é realmente incrível. Ele pode pegar em qualquer frase ou tema e dar-lhe um ar “cool”:

“IN THE CITY…WE MUST FIGHT TO SURVIVE…HE SELLED TORTILLAS IN THE CORNER…AND THE MAF WANTED HIM…”

já imaginas-te o tipo a preparar o pequeno-almoço? “BRRRRRRUUUUM…TWO EGGS ARE BEATEN…BEYONG RECOGNITION…” :)

Ok, já estamos a avacalhar.

A ideia que tens de reter aqui é: O que importa não é o que é dito mas sim A FORMA como é dito.

Também não importa muito o que fazes ou deixas de fazer, importa muito mais A FORMA como o fazes. Todos os teus movimentos dizem algo sobre ti. A forma como dás um aperto de mão a alguém, a forma como te sentas, a forma como falas, a forma como pegas num copo. Tudo isso diz algo sobre ti e sobre o teu estado emocional.

Para quem não está familiarizado com o tema isto é bastante estranho de se ouvir mas normalmente as pessoas fartam-se de comunicar com estranhos todos os dias. Se vais a caminhar pela rua, quase sempre que aparece alguém em sentido contrário tu olhas meio segundo para essa pessoa e ela diz-te imediatamente de que lado vai passar. Ás vezes as duas desviam-se para o mesmo lado e andam ali um pouco atrapalhadas. Isso acontece quando há erro na comunicação, ou seja, pelo menos um deles não conseguiu ou não pôde interpretar a mensagem que a outra pessoa lhe enviou a dizer qual o lado que escolheu passar.

Mas todas estas interacções passam despercebidas à generalidade das pessoas. Isto é só um exemplo para que entendas como é tudo tão inconsciente. Tu usas a LC para coisas que nem sabias que existiam.

No contexto da atracção, tanto podes usar os conhecimentos de LC para comunicar algo ao inconsciente de uma determinada pessoa como para ler o que o inconsciente de determinada pessoa está a comunicar.

As vantagens são muitas e óbvias:

Se estás numa discoteca não precisas de perguntar se ela tem interesse em ti, se ela tiver provavelmente vai sinalizá-lo. Vai olhar-te no olhos um pouquinho mais que o normal ou vai sorrir levemente. E tu vais entender mesmo que o som esteja a bombar nas colunas e ela esteja na outra ponta do bar. Se fores lá meter conversa, ela vai dizer-te claramente se quer que continues a subir a escada da atracção ou se quer que a escada parta e dês um trambolhão. Se marcares um encontro com ela podes saber se ela está verdadeiramente relaxada e se está a gostar da interacção. Podes saber se ela quer saltar-te para a espinha mesmo que tenha cara de freira. Podes saber se ela confia em ti. Basicamente podes “lê-la” como um livro conforme a interacção se desenrola. Toma atenção, por exemplo às suas pupilas, quanto mais dilatadas estiverem mais interesse ela tem em ti (Não vale levá-la para um sitio escuro para subir a tua auto-estima :), se ela arquear as costas também é um bom sinal, repara se o lábio inferior dilata, se ela espelha os teus gestos, etc.

Isto vai poupar-te muito tempo e muitas indecisões.

Já agora aconselho-te a não levantares este assunto com a mulher com quem estás porque muitas delas sentem-se inseguras e pouco à vontade na presença de um homem que sabem que consegue ler a sua LC. Ficam com a ideia de que o homem está constantemente a avaliar tudo o que ela faz. Sentem-se “despidas” e “desprotegidas”… Eu acho que não faz sentido sentirem-se assim a não ser que tenham algo a esconder mas também entendo que é mais uma resposta emocional automática…não estou a dizer para mentires, (se elas perguntarem directamente diz) mas por uma questão de não as melindrares não puxes esse assunto demasiado cedo.

A maior vantagem em saber ler a LC é que ela raríssimas vezes te mente. Nós os humanos inventámos uma capacidade fabulástica que parece que vai salvar o mundo: Mentir. Mentir é o desporto mais praticado à escala mundial. Ás vezes parece que podes confiar naquela pessoa que te conhece desde a infância e um bonito dia vens a descobrir que te passou a perna. Aqui não vais ter muitos problemas desses pois a LC é inconscientemente. As pessoas podem escolher as palavras mas não os gestos inconscientes.

Outra coisa importante é que as mulheres chegam a ser 8 ou 9 vezes melhores leitoras de LC que os homens. São efectuados estudos com filmes mudos e pessoas a interagir. No fim, as percentagens de mulheres que entendem o que se passou ronda sempre os 80 e 90%. A dos homens nem vou falar para não entrarmos todos em depressão :)

Por isso também é importante saberes como comunicar a mensagem certa:

Ocupa muito espaço quando te sentas, recosta-te, mantém o contacto visual, desenvolve uma voz de tom grave, utiliza movimentos lentos e calculados, etc.

Ok, não quero alongar-me muito porque este post é mais para te dar a conhecer o tema, daqui a uns tempo falarei um pouco mais aprofundadamente sobre isto e colocarei imagens exemplificativas para deixar tudo bem claro. Espero ter despertado o teu interesse e espero que aprendas tudo o que possas sobre este tema fulcral.

David Veríssimo

planeta.marte@portugalmail.pt e planeta.venus@portugalmail.pt

domingo, 21 de junho de 2009

O jogo da atracção

A atracção é um jogo, não passa de isso mesmo. Ambos os sexos procuram fazer as jogadas que melhor os ajudem a ganhar o jogo.

O homem quer reproduzir-se, a mulher quer os melhores genes.

Quanto melhor o homem for a apresentar-se como tendo os melhores genes mais hipóteses ele terá de se reproduzir.

No caso das mulheres é ligeiramente mais complexo: Quanto melhor uma mulher for a mostrar indícios de uma boa reprodutividade mais ela atrairá homens em quantidades industriais…mas sem a garantia de terem bons genes. Por isso ela deve conjugar a aparência certa com o ser exímia na arte da selecção.

Isto levou a uma espécie de ”corrida às armas” em que ambos os sexos aperfeiçoam as suas estratégias de combate. Um apura a sua capacidade de selecção o outro a capacidade de apresentação.

Há dois posts atrás falei na intuição. Essa é uma das armas que as mulheres têm para conseguir seleccionar melhor os homens com quem se relacionam.

Os homens por seu lado usam a linguagem corporal, por exemplo, para conseguir apresentar-se de forma a transmitir que têm os melhores genes.

Isto é mais ou menos como um jogo de xadrez. No xadrez o jogo termina quando o rei é comido certo? Aqui é igual mas quem é comida é a rainha :) (Eu sei, eu sei…estes exemplos…)

Ok, mas imagina um homem a jogar xadrez contra uma mulher, tendo ela apenas uma única peça (A Rainha) e o homem tendo todas as 16. Ou seja, das duas uma: Ou a rainha consegue desenvolver armas que lhe permitam conseguir distinguir o Rei da outra equipa e acontece um empate técnico em que “ganham” os dois (a mulher encontra o homem de qualidade, entrega-se a ele e os dois fazem um grandessíssimo xeque-mate um ao outro :) ou o homem “ganha” e a rainha é “comida” por uma peça ao calhas sem ter grande voto na matéria…

Das duas maneiras a rainha é comida…É algo que vai acontecer independentemente de quantas jogadas forem feitas. É inevitável. As pessoas podem fingir que não fazem ideia de qual será o desfecho final para não tirarem a emoção ao jogo mas toda a gente sabe isso. É demasiado óbvio porque todos estão vivos devido ao facto do jogo acabar praticamente sempre da mesma maneira. O homem sabe isso, a mulher sabe isso, o árbitro do jogo sabe isso, os espectadores na bancada sabem isso e a Sra. da limpeza que por acaso está de folga naquele dia também sabe isso.

As únicas questões que não se auto-respondem quando o jogo começa são: Qual é a peça que vai comer a rainha, e como é que ela o vai fazer? Vai encurrala-la num canto do tabuleiro? Vai atraí-la? Vai derrubar o resto das peças da sua equipa para ser a única opção disponível tipo ilha deserta?...

Pois é…quer se queira, quer não, estas são as únicas questões que faltam responder mas são questões complexas que deixam muitos homens loucos.

E tem mesmo de ser assim. Se fosse demasiado fácil perceber o que atrai uma mulher, qualquer homem, independentemente do seu grau de evolução e da qualidade dos seus genes, poderia ter sexo com ela. E como já sabes isso não ia de encontro aos seus interesses. Quanto mais complexo e difícil de decifrar o comportamento que atrai a mulher for, maior é o controlo que ela tem sobre a escolha do parceiro e melhor serão os genes do parceiro com quem ela acasalar.

Isto traz-nos a um dos grandes segredos das mulheres…muitas mulheres não querem que os homens saibam isto que vais ler de seguida por isso presta bem atenção:

As mulheres fazem-se de difíceis porque isso as ajuda a escolher um parceiro com melhores genes não necessariamente por não estarem interessadas. Ou seja, a maior parte do tempo é tudo fachada, é óbvio que elas sabem qual é o inevitável fim do jogo.

Não posso dizer que todas as fêmeas o fazem porque obviamente não conheço todas as espécies que existem mas garanto-te que uma grande parte o faz. Os pinguins fazem-no, as raposas fazem-no e muitas outras espécies. Se és fã dos documentários do National Geographic repara que o macho que acasala com a fêmea é o que sabe que aquilo é um jogo. Ela faz-se de desinteressada e ignora e não sei quê e o macho sabendo perfeitamente que o desinteresse faz parte das etapas iniciais da dança do acasalamento limita-se a fazer o que tem a fazer sem se deixar acobardar por esse facto.

Por isso, se estás num bar e vês um grupo de raparigas que aparentam estar muito compenetradas na conversa umas com as outras e não ligam peva a mais ninguém, fica a saber que normalmente é tudo fachada.

Se te pões a fazer poses ao balcão e a perguntar porque é que elas não olham para ti e se andas a posicionar-te no bar, para que elas te consigam ver melhor fica a saber que elas sabem muito bem que tu ali estás, simplesmente ESCOLHEM não olhar.

Eu te garanto que se tiveres as qualidades que despertam a atenção das mulheres naturalmente, estejas tu onde estiveres no bar, ela sabe que tu lá estás. (Ok, excepto se estiveres trancado na arrecadação das limpezas debaixo de duas estantes e um lençol)

Mas atenção, este tema é escorregadio, eu não estou a dizer que se ela não mostrar qualquer tipo de interesse em ti isso significa que definitivamente está interessada…só digo que se ela de facto tiver interesse provavelmente não te vai saltar para os braços e pedir que a leves a casa num tom meloso.

Para ilustrar esta problemática da interacção e compreensão entre os sexos, vou citar um capitulo de um livro muito divertido chamado “Seduzir é preciso - Saiba como engatá-la” de Stewart Ferris. Diz assim no capítulo “Compreender as mulheres”:

“Se as mulheres falassem Francês ou Espanhol era tudo rosas. Podíamos arranjar um livrinho de frases e ficávamos a saber o que elas estavam a dizer, respondendo de forma adequada.” … “Tudo seria compreensível após algumas lições. O problema é que as mulheres parecem falar a nossa língua mas, na verdade falam segundo um código tão confidencial que nem os serviços secretos conseguem decifrá-lo. Se uma mulher o abordar, sem mais nem menos, e lhe perguntar as horas, ela não está de facto a pedir-lhe que vá para a cama com ela. Pode não acreditar mas ela quer mesmo saber as horas. Mesmo que lhe pareça óbvio que é isso mesmo que ela está a fazer, a empregada de uma loja que lhe pergunta se precisa de ajuda não está a atirar-se a si. Ela quer mesmo saber se pode usar a sua capacidade profissional para o ajudar.

Aqui vão algumas frases comuns de mulheres seguidas do seu verdadeiro significado:

1. Ela diz:
Quer batatas fritas a acompanhar?

Você pensa que ela disse:
Quer vir ter comigo daqui a meia hora, lá atrás, junto a contentor do lixo, para uma rapidinha?

O que ela quer mesmo dizer é:
Quer batatas fritas a acompanhar?

2. Ela diz:
Hoje, só quero uma garrafa de leite, pode ser?

Você pensa que ela disse:
O meu marido não está. Por isso, preciso de menos leite e mais dos seus famosos dotes sexuais.

O que ela quer mesmo dizer é:
Hoje, só quero uma garrafa de leite, pode ser?

3. Ela diz:
Gostava de massajar o meu corpo nu com óleos exóticos?

Você pensa que ela disse:
Quer batatas fritas a acompanhar?

O que ela quer mesmo dizer é:
Hoje, só quero uma garrafa de leite, pode ser?”

Great stuff :)

Deixa-me dar um exemplo mais terra-a-terra: Imagina que enches o peito de ar e decides ir lá ter com ela para te apresentares e beber um copo e tal. Agora imagina que ela te diz claramente que não quer nada contigo tipo “Desculpa lá, não é nada pessoal mas não estou mesmo para aí virada. Podes ir embora por favor?”. Será que ela se está a fazer de difícil e isto não passa de um teste para ver como eu reajo? Deixa-me poupar-te tempo: NÃO. Não se trata de nenhum teste. Se uma mulher deixa bem claro que não está interessada o melhor que tens a fazer é ir imediatamente embora. Não insistes nem mandas uma piadola qualquer de volta. E também não levas a rejeição a peito. A primavera não acaba por falta de uma andorinha. Eu não sou nenhum sabichão mas nesta vai por mim: Há mais do que uma mulher no mundo. Tenho quase a certeza disto.

Agora o exemplo contrário. Imagina que chegas ao pé dela e dizes “Olá, tudo bem? O meu nome é X” e ela mantém-se praticamente inalterada quase como se não estivesses ali e balbucia qualquer coisa que não chegas a ouvir bem. Diz “presente” se já foste falar com uma mulher bonita e ela reagiu desta forma. Pois…então da próxima vez mantém presente que isso é um mecanismo de defesa e selecção.

Principalmente as mulheres muito bonitas fisicamente fazem isso. No geral, quanto mais bonita fisicamente uma mulher for mais barreiras ela levanta. Elas estão tão habituadas a “levar” com homens sem qualidade que já fazem isso sem pensar muito no assunto. É uma barreira que levanta automaticamente logo que um homem se aproxima. E a barreira só baixa depois de tu lhe mostrares SEM SOMBRA DE DÚVIDA que és um homem com bons genes. E deixa-me dizer-te uma coisa, se souberes fazer isso, ela responderá muito mais intensamente do que uma mulher não tão bonita. Porquê? Porque ela está mais farta de encontrar homens medíocres que só querem vê-la na diagonal e quando aparece um homem de qualidade as hormonas dela ficam descontroladas. Tipo aos saltos e a gritar histericamente “É ESTE! É ESTE! SEGURA ELE!”! :)

Quer dizer, põe-te no lugar de uma mulher com um físico todo XPTO. Imagina que amanhã acordas com um físico de top-model :) Muito resumidamente, imagina só como seria o teu dia a dia: Levantas-te de manhã e logo para abrires bem a pestana pegas no telemóvel e tens a caixa de entrada de mensagens sms atafulhada e 42 chamadas não atendidas.

Começas por ler meia dúzia e algumas apagas sem sequer abrir.

Podes pensar que se fosses tu nunca reagirias assim mas tu dizes isso porque não tens este tipo de abundância nesse departamento da tua vida. O ser humano está programado para não dar importância às coisas que tem, só lhes dá importância quando não as tem ou quando as perde.

Mas continuando com o teu dia: Antes de passares da tua rua já tinhas 20 gajos a micarem-te o rabo e outros tantos o peito. Quando chegasses ao trabalho já tinhas sido medida de todos os ângulos possíveis e imaginários e sentias-te como uma espécie de prostituta visual gratuita. Ias até ao hi5 e havia 30 homens que não conhecias de lado nenhum a explicar-te como eras uma pessoa linda e maravilhosa e como davam um dedo mindinho só para ir beber um café contigo. Muitos pediam imensa desculpa pela “intromissão” outros tentavam mostrar o seu lado sensível.

Se no fim do trabalho quisesses ir relaxar até um bar ias ter alguém de 15 em 15 minutos a dizer-te que a tua cara não lhe era estranha, se podia conhecer-te e pagar-te um copo e se lhe davas o número de telemóvel.

As frases de engate eram quase sempre as mesmas, os homens que as diziam também. Ao fim de tanto “deixa-me em paz por amor de deus” não compreendido, começas a sentir-te compelida a dar um número de telemóvel errado só para ele te deixar em paz. Sempre que estivesses em público sentias-te observada e aliás vias alguns homens mais directos quase com um fiozinho de baba a sair pelo canto da boca e sentias-te enojada.

Como ficaria a tua auto-estima constantemente posta à prova? Como te sentirias no geral e principalmente como é que achas que reagirias a uma vida destas? Que tipo de pensamentos em relação aos homens e que tipo de mentalidade isso te levaria a ter?

Pensa bem nisto.

David Veríssimo
planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O amor


Amor. Que palavra bonita não é? Estava aqui a pensar que nós arranjamos nomes muito bonitinhos e muito pequenos para as coisas que mais gostamos. Amor, sexo, mãe, pai, pão e água. Acabei de resumir a essência do ser humano em meia dúzia de palavras. Ok pessoal, até à vista, fiquei sem mais nada para dizer :)


Bem, mas esta singela palavra de 4 letrinhas apenas, é capaz de causar quase tantos estragos como a falta de sexo. Há os que gritam que amam os seus filhos enquanto os esbofeteiam e explicam que é para o bem deles. Há os que se suicidam por amor. Há os que matam alguém por amor. Há os que gastam 5000€ num colar de diamantes porque amam a pessoa a quem o oferecem.


Acho que se pode dizer que as pessoas dão grande importância a esta palavra. E eu não estou a dizer que não deviam. O que eu quero dizer é que ao menos que o saibam reconhecer…


Os Homens não se matam por amor, eles fazem-no por cobardia que é bem diferente.


Os Homens não matam alguém por amor, eles fazem-no por vingança e por ódio que é bem diferente.


O homem não oferece o colar de diamantes à mulher porque a ama, ele oferece-lhe o colar de diamantes porque pode e porque sente necessidade disso. O amor entre duas pessoas não tem nada que ver com os bens materiais que eles trocam. Se ele não tivesse posses para lhe oferecer o colar ele não a amaria menos, nem ela a ele. (Teoricamente, pelo menos… :) Não é que esteja errado o homem dar um colar de diamantes à mulher, é só que isso não tem nada que ver com o amor que ele, eventualmente, sente por ela.


As pessoas gostam tanto da palavra que a usam sempre que podem. Elas chamam amor a tudo o que “mexe”. Qualquer dia vamos ao supermercado e pedimos duas couves-de-bruxelas, um pacote de leite e 3Kg de amor. (Que na altura será um fruto tropical qualquer muito saboroso) ou levamos o carro à oficina e pedimos que o homem arranje o amor do motor. As pessoas amam o amor. Elas ouvem tanto falar das suas maravilhas e de como faz bem à pele que, vivem na ânsia de encontrar esse tal amor e as suas propriedades divinas e terapêuticas. O problema é que quando fracassam nessa tentativa ou quando se fartam de ao fim de uma semana inteirinha ainda não o terem encontrado, começam a chamar amor a cada vez mais coisas para poderem dizer ao mundo que já entraram nesta sociedade secreta e restrita do amor.


É sair à rua e ver grafitis de miúdos que ainda nem escrever em condições sabem e já dizem que amam a fulana tal do 6ºF. Casais de namorados que se conhecem há 1 mês dizem que se amam, 78 vezes por dia. Acabámos mesmo por chegar à situação em que para conhecer-mos alguém a ponto de dizer-mos “amo-te” já não demora um 1 ano…não demora 1 mês…não demora 1 semana…fuck, já não demora 1 segundo! Desta vez não precisamos nem de conhecer a pessoa! Chegámos ao ponto do fabuloso e indescritível “amor à primeira vista”. YEEEEEA! :D


Uma cena instantânea, incontrolável, incomparável, inata, incongruente, inimitável, inverificável, ingovernável e muitas outras palavras começadas por “in”.


Um conhecido meu aqui há tempos no estádio de futebol, também se apaixonou à primeira vista por uma moça que estava lá na outra bancada. Pena foi vir-se a descobrir que a princesa afinal era um príncipe…ainda perguntei se já não ia propô-lo em casamento mas não pareceu muito interessado. Talvez o amor à primeira vista seja rápido à saída como é à entrada.


Não há mal nenhum em estar na ânsia de se apaixonar…


E não há nada de errado com o amor à primeira vista simplesmente há quem não dê tanta importância ao físico.


Quem passa por esta experiência tende a arranjar uma forma de se auto-convencer a pensar que este tema não tem nada que ver com o físico. O que me custa entender é porque raio lhe chamarão então de “amor à primeira VISTA”...


Faz muito mais sentido eu apaixonar-me por alguém que conheci, por exemplo, pelo MSN ou por chamada telefónica INTERAGINDO com ela. Conversando com ela, experienciando a sua personalidade e forma de ser, sabendo os seus pontos de vista, etc. Aí teria muito mais propriedade para falar em amor do que através de um simples “olhar para o físico dela”.


Para haver amor tem de haver conhecimento e consciência, eu não posso amar alguém que não conheço ou que conheço parcialmente. Se vires uma mulher na rua, podes dizer que sentis-te uma gigantesca e inexplicável atracção mas confundir isso com amor é um erro crasso.


De qualquer maneira o exemplo do MSN que dei em cima também não é a solução porque se só interajo com ela, sem a ver, desconheço uma das suas facetas (neste caso o físico). Portanto, não é que o físico não esteja envolvido na equação, é que o físico não é tudo. Só depois de eu a conhecer como um todo é que posso saber o que sinto em relação a ela. Só depois de eu a conhecer física E mentalmente é que posso falar em amor.


Mas atenção, quando eu digo conhecer é conhecer mesmo. É que muitos casais namoram 9 ou 10 anos e depois resolvem casar e ao fim de 2 meses vai cada um para seu lado.


Seguindo o senso comum ninguém pode dizer que alguém que namora há 10 anos não conhece a pessoa com quem namora…


Feliz ou infelizmente eu não sou lá grande fã do senso comum.


Por isso eu acho que pode sim.


Se as pessoas se separam é porque a dinâmica de atracção mudou. E a dinâmica de atracção só muda se um dos dois mudar de alguma forma.


Ou seja, depois do casamento, o homem (por exemplo) muda e ela deixa de se sentir atraída por ele porque a pessoa que ali está deixou de ser a que ela conhecia.


Ela amava as facetas que conhecia nele e esta nova faceta veio alterar a química que existia entre eles.


É como ter 2 ventoinhas apontadas para o ar que mantêm uma bola de ping-pong a flutuar. Se aparece uma nova ventoinha num novo ângulo as forças que mantêm a bola no ar são alteradas e a bola cai.


Isto acontece porque as pessoas cometem o erro de relacionar-se com quem, na verdade, não conhecem e de quem, na verdade, não gostam.


Muitas vezes o problema é de quem muda porque estava a esconder facetas que tinha e que não tinha interesse em mostrar mas, em última análise, a culpa costuma ser do outro. Ou porque ignorou os sinais durante o namoro por ser uma situação “não tão séria”, ou porque não os soube ver.


Muitos dos problemas da nossa vida são-nos trazidos por pessoas que conhecemos e permitimos que façam parte dela sem na realidade terem qualidade para isso. Se todos fossemos selectivos com as pessoas com quem nos relacionamos 2/3 dos nossos problemas desapareceriam e as pessoas que não eram de qualidade ficavam com um incentivo extra para evoluírem.


Agora, é claro que para seres selectivo tens de ter bem claro na tua cabeça o que é uma pessoa de qualidade e uma pessoa medíocre. Se fores altamente selectivo mas tiveres como base de comparação principal o tipo de vestuário que as pessoas usam, vais continuar com o mesmo problema.


Vou-te dar um exemplo. Uma das regras de selecção que eu defini para mim é não permitir que uma pessoa que fume entre na minha vida. Eu não decidi isso porque é proibido fumar em locais públicos ou porque é um gesto feio, eu decidi isso porque compreendo o que esse gesto significa. O que é que uma pessoa que fuma está indirectamente a dizer? Ela está a dizer “Eu não tenho respeito pelo meu corpo”, “Eu sei que isto faz um mal terrível à saúde mas vou arriscar”, “Eu tenho perfeita noção que isto é ridículo mas que se lixe”, “Eu levo a minha vida segundo aquilo que me o meu cérebro Límbico (emoções) me diz para fazer e não segundo o que é racionalmente melhor para mim”.


Já para não falar no facto de a pessoa estar a pagar para se matar, quer se queira quer não, este tipo de mentalidade vai acompanhá-lo em muitas outras vertentes da sua vida e eu não acredito que um suicida possa ajudar-me a manter a mentalidade que eu quero para mim porque grande parte do que tu és vem das pessoas com quem tu lidas.


A pessoa pode matar-se à vontade, a vida é dela. O que eu digo é que não vai ser ao pé de mim, nem com o meu aval.


Fugimos um pouco ao tema do post nesta parte final mas também considero muito importante a questão da selecção consciente. É mais que certo que em breve colocarei um post sobre este tema.


Até lá, desfruta de companhias de qualidade e oferece qualidade às tuas companhias:


David Veríssimo
Planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Intuição Feminina

Aqui há uns tempos uma amiga mandou-me um texto sobre a intuição que digitalizou de uma revista que comprou. Embora o texto me tenha dado a ideia de escrever sobre o tema, não o achei interessante por aí além porque tinha o erro comum dos livros e revistas que falam de temas interessantes: Apresentam uma boa definição do que determinada coisa é mas depois são uma nulidade a responder ao resto das questões. (Que são as mais importantes) Para quem escreveu o referido texto, Intuição é “o nosso cérebro a funcionar em modo automático processando informação fora da nossa consciência”...“O interlocutor percepciona e interpreta informação que é transmitida de forma não verbal fazendo uma espécie de assimilação do funcionamento do inconsciente da outra pessoa. É um processo automático e praticamente imediato”.
É uma boa definição. Mas para obter uma definição de algo basta-nos ir a um dicionário ou enciclopédia. O mais difícil é responder às outras questões.
Uma vez que NADA na natureza persiste, por acaso, a verdadeira questão é: Porque existe a intuição e que propósito serve?
Ao contrário do que se possa pensar, e ao contrário do que o titulo do post parece sugerir, os homens também têm intuição, simplesmente é uma “ferramenta” que não está tão desenvolvida como nas mulheres porque o papel biológico do homem não necessita nem faz tanto uso deste tipo de ferramentas. As mulheres por seu lado, precisam de o fazer porque, como já falei num outro post, têm de ser muito mais selectivas devido à quantidade avassaladora de energia que o seu papel biológico as faz gastar de cada vez que escolhem um homem a quem se entregar. Do ponto de vista biológico o homem não tem tanta necessidade de usar a intuição e o facto de ter surgido a linguagem só fez com que se abstraíssem mais desta ferramenta porque têm de dividir a atenção que davam à linguagem corporal com as palavras e ao seu significado. Portanto, o homem não só não tem tanta capacidade de intuição como tem menos que os seus antepassados e provavelmente terá mais do que os seu netos e bisnetos. A mulher, pelo contrário, é cada vez mais intuitiva. Os estudos desenvolvidos provam que as mulheres conseguem facilmente “ler” situações e captar pormenores importantes que escapam completamente à percepção do homem comum.

Muitas mulheres quando conhecem um homem notam se o cinto dele é da cor dos sapatos por exemplo. Conheço várias mulheres que chegam ao ponto de dizer coisas do tipo: “Este jingão da mesa ao lado tirou a aliança para se fazer às miúdas sem elas saberem que ele tem namorada.”

Como é que elas sabiam isso? Notaram um circulozinho branco na zona onde esteve a aliança... Eu sei que isto é difícil de entender para a generalidade dos homens mas é a pura verdade. Outra coisa que a maioria dos homens nem sonha é: A esmagadora maioria das mulheres dão muita importância ás mãos do homem. Ás mãos senhores. Não é o rabo, nem os bíceps. É claro que há mulheres que também adoram essas partes do corpo mas na generalidade isso não é assim.

Vou-te dar um exemplo. O hi5, myspace, facebook e comunidades assim do género são excelentes para poderes tirar conclusões e testar o que funciona melhor de uma forma muitíssimo fácil.

Por acaso tens no teu perfil a típica foto de tronco nu a mostrar os teus abdominais? Sim? Olha para os comentários. Tens lá algum comentário de jeito? Provavelmente nem com jeito nem sem jeito. Esse tipo de foto é altamente desprezado pelas mulheres de qualidade. Demonstra falta de auto-confiança. Pergunta às tuas amigas. Ou faz ainda melhor, vai agora mesmo à rua, chega ao pé da mulher mais bonita que conseguires encontrar e faz-lhe esta pergunta: Há mais hipóteses de comentares uma foto de um homem a mostrar uns abdominais fabulosos ou uma em que ele só mostre as feições da cara? Ouve bem a resposta dela. (Aproveita e pede-lhe o número ;)

Caramba, quer dizer, basta olhar para os perfis delas! As fotos são de PORMENORES. Há mulheres que põem no perfil 20 fotografias SÓ da cara delas. Umas contentes outras mais sérias, umas com luz outras com menos luz, umas com um penteado assim outras com um penteado assado, umas a olharem para cima, outras a olharem para baixo, outras a olharem na diagonal...quer dizer...

Porque é que achas que isto acontece? Isto acontece pela mesma razão que os homens colocam fotos a mostrar os músculos: PORQUE É ISSO QUE AMBOS JULGAM QUE QUERERIAM VER SE ESTIVESSEM NO LUGAR DO SEXO OPOSTO. O pior é que eles tentam pôr-se no lugar do sexo oposto pensando com a lógica do sexo que têm. Não têm verdadeiro entendimento do que o sexo oposto deseja e de como ele raciocina.

As mulheres são indirectas, os homens são directos. As mulheres são emocionais, os homens são racionais. As mulheres são interior, os homens são exterior. As mulheres são paixão, os homens são força. As mulheres são cor de rosa e lilás, os homens são branco e preto.

As mulheres ADORAM pormenores. De onde é que achas que vem a tara das malinhas e dos sapatinhos e das malinhas combinarem com os sapatinhos e cintos e das pulseiras e brincos e o diabo a sete?...pois é... pormenores.

Os homens ADORAM magnificência. De onde é que achas que vem a tara dos grandes carrões e das jantes com 20 de raio e dos dragões pintados no capô e ir ao futebol com 50 mil pessoas a gritar a plenos pulmões e ver miúdas espampanantes nas revistas?...pois é...magnificência.

Da mesma forma, elas inconscientemente sabem que um marmanjo qualquer com dois dedos de testa pode até ter uns abdominais perfeitos e uns bíceps bem torneados e fortes, a qualidade base que isso requer é força de vontade misturado com óleo de jojoba.

O problema é que ela não anda à procura de um homem com força de vontade mas sim de um homem de qualidade.

Ela sabe que não é qualquer homem que tem o discernimento suficiente para prestar atenção aos detalhes...ela sabe que não é qualquer homem que mantém as suas mãos impecavelmente tratadas. Unhas cortadinhas e limpas. Ela sabe que não é qualquer homem que sabe vestir-se e combinar as cores. Ela também não quer ter de passar pelo embaraço de te apresentar as amigas e tu estares com umas calças 5 cm acima do tornozelo a mostrar a meiazinha branca, com uma t-shirt com metade das posições do kamasutra ou a coçares-te em sítios onde o sol não bate.

Nem precisas de ser tão óbvio, uma mulher apanha detalhes que muitos homens nem sabem que existem.

Faz-me lembrar aqueles homens que vão aos casamentos com magníficos fatos, todos aprumadinhos e engravatadinhos e não sei quê e depois esticam o braço para cumprimentar alguém e mostram um relógio do Benfica daqueles da máquina das bolas...

POOOM!

Esta é tiro e queda.

Uma mulher de qualidade que veja uma coisa deste género fica imediatamente a saber que aquele homem está completamente a leste do paraíso.

É para isto que as mulheres usam a intuição.

Para ver além do óbvio. Para ver além da fachada. Para aumentar as suas probabilidades de escolher um parceiro de qualidade. Foi por isto que ela apareceu e é por isto que vai manter-se por cá muito mais tempo.

Para as mulheres, escolher bem a pessoa com quem se partilham, é da máxima importância.

Se um homem falha nesse departamento pode sempre dar de frosques e nunca mais pensar no assunto. Na pior das hipóteses, pode ter de dar uma mensalidade à mulher.

Se uma mulher falha nesse departamento corre um risco enorme de andar 9 meses a não poder esquecer-se disso e a seguir ser obrigada a criar a consequência do erro.

Se escolhem mal, quem costuma pagar por esse erro são elas mesmo...

Faz-me chegar as tuas dúvidas e sugestões.

David Veríssimo
planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt 


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sondagem

Este post vai ser um pouco diferente do costume pois trata-se do resultado de um questionário que tenho vindo a fazer a várias mulheres. Estes resultados terão, eventualmente, mais carácter lúdico que profissional devido às óbvias limitações mas ainda assim pode ser interessante de ler. Já que mais não seja valeu pelo prazer e divertimento que tive a fazê-lo! :)

Agradeço a sinceridade a todas as que participaram e espero ter produzido resultados que possam ajudar mais pessoas a entender os insondáveis caminhos da mulher.

Antes de iniciarmos, dizer apenas que nesta sondagem participaram mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 32.

Ora cá vamos nós:

1- Qual é o assunto sobre o qual toda a mulher gosta de falar?

A resposta mais comum foi…xan xan xan xaaaaaan…sexo. Para quem ficou pasmado com esta resposta é altura de sair da caverna onde vive. Tal como já aqui tinha dito antes: As mulheres são seres altamente sexuais. Esta é só mais uma confirmação. Já agora aproveito para dizer que todas as outras respostas encaixavam nos temas “Moda” e “Novelas” (Ou “Coscuvilhices” que vai dar ao mesmo)

2- Para além de conspirarem a fim de tomar o controlo do mundo porque é que as mulheres vão aos pares à casa de banho? 

Talvez na tentativa de distraírem os leitores da referida conspiração, as meninas afirmaram usar o WC para coisas bastante dispares. Para as mulheres, os WC, são uma espécie de “pavilhão polivalente”. Dá para retocar o cabelo, maquilhar, trabalhos manuais, trocar umas ideias, desabafar, dizer um desejo, um delírio, uma loucura, ouvir um conselho ou reprimenda rápida e serve também de confessionário e choradeira. Pelo que se depreende elas só não usam as idas à casa de banho para dormir e para passear o bobi. Mas, muito embora as respostas tenham descrito uma quantidade infindável de tarefas, há uma delas que se destaca de todas as outra: Falar. Usar da palavra. Dar à língua.

Se és homem e acabas-te de decifrar 90% dos comportamentos da tua namorada diz “Xiiiii…” enquanto bates ruidosamente com a palma da mão na testa.

Se és mulher e detestas estes comentários ordinários e machistas encolhe os ombros resignada e continua a ler…

3- Consideras que o par de sapatos num rapaz é um factor determinante para o teu interesse?

Esta do par de sapatos tinha que ser feita. Pu-la aqui porque, quando comecei a estudar estes temas lembro-me de chegar a uma conclusão maravilhastica: Se as mulheres são tão obcecadas pelos sapatos delas provavelmente também darão atenção aos sapatos deles não?...

De qualquer forma o resultado foi bastante equilibrado. Sempre pensei que a esmagadora maioria das mulheres fosse dizer que acham importante mas foi fifty-fifty. E parece que não há meio termo aqui. Há as que não ligam nenhuma e acham até superficial avaliar o homem pela forma como se calça/veste e depois há as que acham esse um pormenor muito importante e que diz muita coisa sobre o homem.

Se as donzelas me permitem, devo dizer que também concordo com as que dão importância a isso. Pode dizer-se que é superficial avaliar uma pessoa por um pormenor visual mas é preciso não esquecer que esse pormenor visual diz muito sobre os pormenores internos do homem. Ou seja, não é que se esteja a dar importância ao pormenor visual em si, a questão é que aquele pormenor visual, indirectamente, diz muita coisa sobre a personalidade e carácter da pessoa.

4- Gostas de filmes de terror?

Ora aqui está uma pergunta aparentemente simples e inócua que produziu um resultado interessantíssimo. Repara: 86% das mulheres deste estudo disse gostar de filmes de terror. OITENTA E SEIS POR CENTO. É muita fruta. E quando se atingem estes valores nas sondagens há sempre uma conclusão importante a retirar. A que eu retiro neste caso é: As mulheres são completamente viciadas em emoções. As emoções funcionam tal e qual como uma droga. São viciantes e a certa altura, mesmo que não tenhas razões para o fazer, não consegues parar de usá-las. É por isto que custa muito às pessoas que andam sempre zangadas, mal dispostas e de trombas…sorrir. E vice-versa.

As mulheres adoram aventura porque é emocionante. Elas adoram novelas porque têm drama às carradas. Elas adoram um homem que as faça rir porque rir é uma emoção. Elas adoram filmes de terror porque isso trás as emoções à superfície e mantém-nas por ali uma hora ou duas. Um filme de terror é uma espécie de trip LSD :)

5- Numa escala de 0 a 20 diz-me o quanto gostas de dançar. E consideras crucial um homem ser bom dançarino?

Bem, para começar a média de todas as respostas é 16.36. Acho que está bastante claro que as mulheres gostam muito de dançar, não era preciso fazer uma sondagem para saber isto. Uma vez que a dança é a expressão vertical de um desejo horizontal esta média até está de acordo com a conclusão da questão 1. E será que elas consideram crucial o homem saber dançar? A ideia que melhor exprime as respostas dadas é: Não é um dos factores mais importantes mas definitivamente seria um sinal + para o moço em questão.

6- Como ages quando queres conhecer um homem que realmente te atrai nestas duas situações:

A- Estás na discoteca e não conheces o rapaz de lado nenhum.

B- Já falas-te algumas vezes com ele porque estudam na mesma escola mas pouco mais.

Esta acho que vai merecer um post um dia destes. A ideia base aqui era saber quantas mulheres tomam a iniciativa de ir lá falar com o homem e quantas esperam que seja ele a assumir esse papel. Queria ver também se o facto do homem estar num ambiente mais próximo (escola ou faculdade) influenciaria o comportamento da mulher.

Cerca de 60% das inquiridas diz que se ela tiver interesse num homem qualquer mas ele não for lá falar com ela está tudo estragado e nem sequer pensa mais no assunto. O máximo que fazem é “dar-lhes a entender que podem estar interessadas”. Uns assombrosos 40% dizem que vão lá falar com o rapaz. Ah, mulheres de armas! :) 

Pelo que percebi não existe mudança de comportamento consoante o local. Quem toma a iniciativa toma a iniciativa em qualquer lado e quem não o faz num dos lugares, não o faz em nenhum…

7- Sentes que há uma competição entre as mulheres no que diz respeito a vestirem-se bem? Ou, dito de outra forma, achas que as mulheres se vestem mais umas para as outras do que para se sentirem bem com elas próprias ou para atrair o sexo oposto?

Ri-me bastante a ler as respostas a esta pergunta. É engraçado que TODAS as meninas acham que de facto existe essa competição e até explicavam os motivos que levavam a que isso acontecesse, mas nem a primeira se identificou com esse comportamento…ou seja, é claro que existe mas eu não sou assim nem nenhuma das minhas amigas ou familiares…lol…

Longe de mim estar aqui a dizer que alguma delas estava a mentir mas temos que admitir que é de facto curioso.

8- O que mais te atrai num homem que não conheces?

As palavras mais vezes utilizadas foram “mãos” e “aspecto físico geral” ou “aparência”.

Muitos homens não sonham sequer que as mãos sejam algo remotamente atractivo para uma mulher. Estão enganados. E aqui está a prova. O porquê de isso acontecer vai ser explicado num post sobre a intuição que vou lançar brevemente.

Entre os adjectivos mais falados encontram-se também:

A forma de estar ou postura, a voz ou forma como fala, a…pinta :) e a maneira como se veste.

9- Eras capaz de te envolver fisicamente com uma mulher? Se sim, achas que isso se deve à baixa condenação (e muitas vezes ao incentivo) que é dado pela sociedade?

Acho que agora as depressões entre os homens vão subir uns pontos…
Pois é, lamento desapontar-vos mas parece que a grande maioria das mulheres nunca teve nada com irmãs gémeas Suecas vestidas de enfermeiras. A maioria provavelmente nem sequer andou enrolada com a melhor amiga. Que tristeza. Mas calma! Não te suicides já. Podes sempre acreditar que isto é tudo treta…

Uma vez vi um cartoon de um homem a chegar a casa quando ouve uns gemidos da mulher no quarto. Meio atrapalhado, meio furioso abre a porta ao pontapé e quando olha está a mulher com uma amiga no bem bom. Aí o homem respira de alivio. Ufa! :) Ele a pensar que estava a ser traído e afinal é só a mulher a ter sexo com uma desconhecida.

Parecia que as mulheres eram todas umas grandes malucas que davam beijos Franceses continuamente umas às outras com o ar mais natural do mundo e afinal é tudo propaganda…

10- No que é que pensas quando queres excitar-te? (masturbação)

Algumas mulheres não se sentiam à vontade para responder a esta questão. Das que responderam 20% dizem não ter necessidade de fazer isso, o que, pode ser surpresa para algumas pessoas…para mim, em parte, foi. As restantes disseram praticamente todas pensar no namorado. Isto é interessante porque, até por aqui se vê a forma fiel de funcionar da mente das mulheres. Mesmo num momento de prazer em que não haveria hipóteses de serem penalizadas por pensar no Brad Pitt elas não o fazem. É bonito, é bonito.

Já os homens…

11- Porque é que não consegues esconder o desejo carnal avassalador que sentes pela pessoa que te enviou este questionário?

As palavras mais usadas foram “magnetismo”, “pele sedosa e suave ao toque”, “ar de cowboy” e “patilhas simétricas”.

(Houve quem me chamasse convencido, canalha, egocêntrico, brutamontes e mesquinho. (Só para citar meia dúzia) Notoriamente algumas aproveitaram para saldar contas antigas…e acontece que o corrector ortográfico do Word muitas vezes corrige palavras automaticamente. Muitas escreviam “amoroso” e o corrector transformava em “monstruoso” que é praticamente igual. Só muda o prefixo “amor” por “monstru” é fácil de interpretar mal a coisa.

12- Tens algum fetiche? Qual/quais?

Algumas mulheres acobardaram-se nesta também. As que responderam falaram em simulação de violação com o namorado, militares, ser amarrada, “se quer ter sexo paga bem pago!” (prostituta), vários homens, etc.

A conclusão que tirei daqui é que , basicamente, os fetiches das mulheres pretendem preencher 2 factores.

1- Um homem que leve ao extremo a energia masculina: Demonstrações de força, poder, etc.

2- Uma mulher (ela) que leve ao extremo a energia feminina: Submissão, Drama romanceado, etc.

Outros fetiches também muito conhecidos mais excêntricos, pretendem colmatar estas energias mas ao contrário. Mulher: Energia Masculina. Homem: Energia Feminina.

13- Qual foi a frase de engate mais absurda que já ouviste? E a mais maravilhosa?

Ok, eu aqui vou mesmo ter de fazer um apelo aos homens…

POR FAVOR não usem mais aquela entrada do “A tua cara não me é estranha…já nos conhecemos?” Provavelmente a moça já ouviu isso 50 vezes só naquela noite e mesmo que não tenham ouvido, elas acham isso perfeitamente…parvo (e com razão). Se vais iniciar assim uma interacção estás a dizer todas as coisas erradas que podes dizer indirectamente. Se começas com frases do tipo “Posso-te conhecer” começas logo a perder pontos. O “posso-te pagar uma bebida” também não é lá muito boa ideia…e já nem vou falar do romântico "papava-te toda" ou do gracioso "anda cá anda...". Se a queres conhecer vais lá, apresentas-te e tentas saber algo sobre ela para ver se de facto te interessa ou não, não a ofendes nem perguntas “posso conhecer-te”, assim parece que estás a pedir licença. Pagar-lhe um copo dificilmente será uma opção porque pagares o que quer que seja a alguém que não conheces de lado nenhum geralmente é manipulação.

14- Gostas de usar maquilhagem? Sentes que sem ela estarias em desvantagem para com as outras mulheres?

Isto da maquilhagem tem que se lhe diga…a maioria das mulheres dizem que usam, não por se sentirem inferiores se não usarem, mas sim para se cuidarem e sentirem bem com elas próprias. Pessoalmente custa-me um pouco entender isto porque se é por uma questão de se sentirem bem então também se maquilhariam quando estivessem sozinhas em casa, a ver televisão…

Ninguém pinta um quadro para o ter fechado num baú longe da vista das pessoas, tal como ninguém pinta o corpo para o ter fechado em casa.

15- Quanto tempo gastas em média para te produzires quando sais à noite?

Nunca menos de 1h dizem as senhoras. E é preciso tudo correr bem. A média de todas dá 1h 13m. E no caso de ser “dia não” pode ir para lá das 2h…GLUP…

É nestas alturas que damos graças por sermos homens :)

Ok, acho que é uma boa altura para dar por encerrada a sessão.

Sinceramente espero que te tenhas divertido tanto a ler este post como eu me diverti a escrevê-lo.

“O importante é não deixar de fazer perguntas” Albert Einstein

David Veríssimo

planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Percepção da Atracção

Para a maioria dos homens, o fenómeno da atracção resume-se a uma simples questão: Ele acha a mulher bonita fisicamente ou não? Embora, te possa ser difícil encontrar um que o admita em público, a verdade é que a 1ª coisa que atrai um homem é o aspecto físico da mulher.

Não há nada errado nisso, a questão é que, como para um homem esta atracção física é uma coisa tão forte, tão óbvia e tão básica, ele acredita que as mulheres (e, basicamente, toda a gente) funcionam da mesma forma.
Qualquer mulher te dirá que isto é completamente falso. Uma mulher não vê nem sente as coisas como um homem.

“Hey, David os teus posts estão a baixar de forma pá! Isso é um nadinha óbvio não te parece?”

Ya, eu sou licenciado em “oratória óbvia” pela faculdade de “Daaah!” da Carolina do Norte :)

Ok, mas se isto é tão óbvio assim porque é que os homens continuam a tentar atrair as mulheres como se elas fossem homens? (Já explico)

Os fios da cabeça delas são os mesmos que os da cabeça dos homens, mas estão ligados em tomadas diferentes...uma mulher responde com muito mais intensidade a uma personalidade forte que a um físico forte. Isto é muito óbvio mas infelizmente continuamos a julgar que só existe uma bitola no mundo. Muitos homens continuam a inferiorizar-se por, por exemplo, acharem que não têm um físico que atraia as mulheres esquecendo-se que as mulheres não acham que isso seja um assunto assim tão importante.

É claro que com isto não estou a dizer-te que já podes voltar às tuas sessões de empanturramento profissional no MacDonalds com hambúrgueres e batatas fritas de qualidade duvidosa. Só quero que entendas que lá porque tu achas que o “Velocidade Arrepiante, Bombástica e Extra Furiosa 4” é o melhor filme de todos os tempos isso não significa que não haja quem ache que o “Amor e uma cabana” é 100 vezes melhor. Ok, e então porque é que achas que isto acontece?

Bem, isto acontece porque as nossas mentes são formadas por interpretações individualistas da realidade.

Muitas dessas interpretações são construidas quando és bebé. Por exemplo, quando um bebé chora com fome, a mãe corre a levar-lhe o biberon. Quando esta situação se repete vezes suficientes, o bebé assimila a ideia de que “Quando eu choro, aparece um biberon com leite” e assim vai construindo uma interpretação da realidade. Repara que se trata de uma interpretação da realidade e não da realidade pois, na realidade, quando um bebé chora com fome nem sempre aparece um biberon com leite. Se ele der demasiada importância à realidade que construiu baseada unicamente na sua experiência, um dia mais tarde, quando a mãe não estiver por perto, ele vai chorar para obter o que quer e o que ele quer não vai aparecer porque na verdade as coisas não funcionam assim. Se ele insistir em ser inflexivel na sua percepção, mesmo vendo a táctica falhar redondamente, ele vai limitar-se a chorar mais alto, a chorar mais tempo ou a chorar com mais emoção porque na realidade DELE para obter “leite” ele deve “chorar”.

É mais ou menos como tentar abrir uma porta à cabeçada e quando vemos que a coisa não está a resultar lá muito bem resolvemos tomar balanço…trust me on this one: É mais fácil e dá muito menos dor de cabeça usar a maçaneta.

Não é que as pessoas sejam burras e não sejam capazes de entender isto, o grande problema é que confiam demasiado na sua visão do mundo e não a põem à prova.

E é também algum comodismo porque é mais fácil esperar sentado que o peixe salte do rio para o nosso balde, do que aprender a pescar.

Portanto, grande parte das vezes o amor de mãe e o “querer o melhor para o meu filhinho querido” é a pior preparação que uma mãe pode dar ao filho. Uma mãe demasiado extremosa transmite ao seu filho uma incapacidade gigantesca para a sua vida futura.

Não estou a dizer que a mãe deve agarrar no filho de 3 anos, levá-lo para a horta e ensiná-lo a sachar batatas… :) mas é igualmente má ideia fazer-lhe a papinha toda.

Hoje em dia uma criança faz birra para obter o que quer. Ela não pede nem pergunta se pode ter. Ela grita, ela esperneia e ela faz um espectáculo onde for preciso. Em vez de ignorarem completamente este jogo psicológico, os pais dão muita atenção a estes comportamentos e mais cedo ou mais tarde acabam por ceder. Sempre que o fazem estão a incapacitar o seu filho mais um pouquinho. É que isto manda uma mensagem aos miudos alto e bom som: Se eu gritar de forma histérica e descontrolada, amuar e puxar-lhes a perna das calças o tempo suficiente, geralmente eles dão-me o que eu quero.

A mensagem base que os progenitores estão a transmitir ao filho é: Quando queres uma coisa tens de pedi-la insistentemente e esperar que venha até ti. Quando na verdade deviam agir de forma a transmitir que: Quando queres uma coisa tens de ir procurá-la insistentemente. Esta é a diferença entre assumir a responsabilidade e não assumir a responsabilidade.

É por isto que não deves apegar-te demasiado à tua visão do mundo. Ela pode ter sido construida por situações deste género.

O apego extremo à tua visão particular faz com que vivas de acordo com essa visão em vez de viveres de acordo com a realidade.

Serás mais bem sucedido se fores tu a adaptar-te ao mundo ao invés de esperares que o mundo se adapte a ti e à tua visão particular dele.

Nota que, o nosso olhar para o mundo é influenciado por vários factores:

As nossas experiências, as nossas necessidades, factores circunstanciais, etc.

Tudo isto é necessariamente diferente de pessoa para pessoa logo a percepção da realidade é individualista. Nota bem esta imagem:
Nenhum dos sujeitos vê as coisas como elas são. O que o sujeito A vê é diferente do que vê o sujeito B, no entanto ambos estão a olhar para A MESMA realidade. Os sensores (sentidos) e as sensações (interpretações dos sentidos) são responsáveis por esta interpretação diferente entre os dois sujeitos.

Ou seja, quando nós abrimos os olhos, aquilo que vemos é aquilo que somos.

Confuso?

Bem, o que se passa é que desde o dia que a tua vida inicia, o teu Ser vai criando constantemente o mundo que vê através dos teus sentidos, logo, quando percepcionas algo, estás na realidade a criar o mundo. O TEU mundo. Aquilo que TU és. Porque aquilo que tu és é definido por aquilo que tu percepcionas.

(De inicio isto pode parecer um pouco abstracto e dificil de entender mas se leres com atenção vais ver que faz todo o sentido.)

Portanto, quando ouves estás a criar som. Quando vês, estás a criar imagem. Quando cheiras estás a criar cheiro. E quando conjugas todos os teus sentidos (imagem, som, cheiro, tacto, paladar, etc) o teu sistema nervoso está a criar, de forma involuntária, o (teu) mundo.

Nós somos os criadores do mundo mas como fazemos isso sem qualquer esforço e como toda a gente o faz, não lhe damos importância nenhuma. Como sabes a nossa mente tende a não dar importância a coisas simples, banais e comuns como um pôr do sol, uma noite estrelada, um campo relvado, uma flor, um olhar, um “obrigado” ou uma percepção do mundo através dos sentidos, esquencendo-nos que isso não impede que possam ser coisas extraordinárias.

Tomamos por garantida a nossa função de criadores do mundo e para ocuparmos a nossa ociosa mente desperdiçamos muuuuuuito tempo a dramatizar e a criar e atribuir significado ás coisas.

“Ele não diz que me ama há 2 minutos e 45 segundos, o que significará isso? Será que já não me ama? Ele tem outra de certeza!”

“Ora, se ele está de fato e gravata, isso quer dizer que é uma pessoa de confiança e tenho que tratá-lo com mais respeito.”

“Ora, se ele está de chinelos, calções e cavas, isso quer dizer que é uma pessoa desleixada por isso posso tratá-lo com menos respeito.”

“Se o Benfica ganhou a Superliga as últimas 173 vezes isso significa que é a melhor equipa de Portugal.”
“Se os Malha Favas da Pitosgueira de Cima ficaram em último na Liga dos últimos e no Solteiros Vs Casados do Inter-Aldeias isso quer dizer que são a pior equipa do país.”

Estás a ver o filme não estás?

Significado, significado, significado…

A atribuição de significado faz com que tratemos algo ou alguém consoante o que esse algo ou alguém denota/dá a entender, em vez de o tratarmos pelo seu real valor.

Por isso pára de dar significado e por rótulos em tudo o que mexe. Não julgues o livro pela capa, LÊ-O.

Isto tudo para dizer que as mulheres nunca poderiam pensar e ver as coisas como os homens porque o resultado da mistura das influências referidas em cima difere de sexo para sexo (Aliás, como já disse, difere de pessoa para pessoa independentemente do sexo mas uma vez que as necessidades e experiências anteriores e bla bla bla têm muitas parecenças consoante o sexo, há uma tendência para haver uma espécie de “percepção global aproximada”, digamos assim, para cada sexo).

O resultado é sempre uma pessoa única com as suas visões particulares do mundo que interpreta o mesmo estímulo de forma diferente de toda a gente.

O resultado do teu mundo é um espelho daquilo que tu crias-te consciente e inconscientemente.

Teres a vida que desejas é sempre inversamente proporcional àquilo que fizeste para que assim fosse. E isso não tem nada que ver com fazer muito, tem que ver com fazer bem.

É que muita gente mata-se a trabalhar na esperança que isso lhes traga uma vida mais abastada mas se olhares bem à tua volta vês que, os que mais dão no duro são quase sempre os que menos ganham…
Ok, fixe. Então já sabes que pensar de forma limitadora só serve para te auto-limitares.

Qual será o passo lógico a dar agora que lês-te isto? Aprenderes a criar uma realidade que vá de encontro aos teus desejos, certo?

E como é que se cria essa realidade? Simples, chegas ao pé da tua mãe e berras e esperneias que nem um louco. :)

Hmmm…

Aceitam-se palpites.

David Veríssimo
planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A verdade não dita e a responsabilidade não assumida


Desta vez vou entrar mesmo à bruta: Tudo aquilo que está na tua vida, seja bom ou mau, é culpa tua.

Acabei de perder 46 leitores assíduos… :)

Ok, mas deixa-me dizer isto novamente: TUDO aquilo que está na tua vida FOSTE TU que CRIAS-TE e que trouxeste para ela.

Eu já nem vou falar das coisas óbvias que podes estar a pensar como por exemplo saberes que tens um exame importante determinado dia, no dia antes vais para a borga com os amigos e no dia do teste a coisa corre-te realmente mal e chumbas de ano. Aquilo que quero focalizar é mais profundo...

Mas vamos por partes.

Aqui há uns anos dei por mim a ver uns desenhos animados quaisqueres em que um cavalo dizia a uma lebre (salvo erro...) que ia percorrer milhares de quilómetros só para encontrar algo importante para ele que a lebre lhe tinha dito que lá estava. A lebre não precisou de jurar, ela não precisou de convencer o cavalo, ela não precisou de fazer o pino, ela simplesmente...disse. E o cavalo tomou a palavra dela sem hesitações. A ouvir a conversa estava um Ser humano que, cheio de boa vontade, foi avisar o cavalo que a lebre tinha grande interesse em que ele fosse embora por muito tempo. Disse-lhe baixinho ao ouvido que a lebre estaria certamente a...mentir. Aí o cavalo ficou um pouco surpreso.

-“Mentir? O que significa ‘mentir’?” Perguntou ele.

-“Bem, mentir é quando alguém diz uma coisa que não é verdade.”

-“Mas...mas...não entendo...como pode não ser verdade se a lebre me disse que era?”

-“Sabes, ás vezes as pessoas mentem porque têm interesses nisso...”

-“Ah! Que bom!”

-“Que bom?!? Como assim cavalo?”

-“Que bom que eu e a lebre não somos pessoas.” O homem manteve-se estático enquanto o cavalo galopou alegremente pelo campo, de encontro aquilo que ele tinha a certeza que ia lá estar...

Diz-me uma coisa, já alguma vez te puseste a pensar como seria o mundo se ninguém mentisse? Já pensas-te como seria se ninguém contivesse as palavras e pura e simplesmente dissesse o que pensava sem qualquer filtro? Fosse franco e honesto. Com toda a gente. Em qualquer circunstância. Com interesses ou sem interesses. Em qualquer dia da semana. A qualquer hora do dia. SEMPRE.

Já?

Eu também.

E sinceramente não consigo ver que mal tão grande pudesse vir ao mundo se todo o mundo dissesse sempre a verdade...não vejo que horripilante pesadelo as pessoas vêm na verdade para a temerem tanto.

Por outro lado se penso em todo o mal que a mentira já trouxe e continua a trazer para a vida das pessoas fico um pouco preocupado com a nossa capacidade de julgamento.

Quer dizer, algo que trás tanto sofrimento, mortes, problemas, guerras e o diabo a sete ao mundo é visto como uma espécie de “salvação” para os pequenos problemas das nossas vidas e tem inclusivamente direito a um dia do ano para...se festejar a mentira?...

A verdade, por seu lado, é utilizado por meia dúzia de inadaptados.

O nosso amigo ego (Ver post “A teoria do cérebro Triúnico”) acha-se um espertalhão e conseguiu convencer a humanidade que é preferível mentir e manipular do que dizer a verdade e ser radicalmente honesto com as pessoas. O ego impede as pessoas de ver uma coisa incrivelmente simples e incrivelmente lógica, que a história se tem encarregado de provar vezes sem conta: Mentir é mau. Dizer a verdade é bom. 

É algo realmente simples de se dizer mas pelos vistos muito complicado de se fazer. As pessoas vivem convencidas que se querem chegar a algum lado têm de mentir, passar por cima das outras pessoas e basicamente fazer o que for preciso para levarem a sua avante. Quem não conhece a famosa frase “Good guys finish last”?

Isto é, pura e simplesmente, estúpido.

Mentir é dar um tiro no pé com um lança-rockets.

Mentir é um cancro que tu alimentas e que depois te surpreendes que te mate.

Mentir é uma maneira infantil de fugir à responsabilidade pelo que acontece na tua vida.

Para evitar os aborrecimentos e a coragem que é preciso ter para dizer a verdade, a grande maioria de nós mantém-se adolescente até aos 85 anos.

A mentira é a maior fraude do ser humano. É uma espécie de cinema em que só se abre os olhos no intervalo.

Por falar em cinema, já viste o filme “O Senhor dos Anéis”? Estás a ver o Smeagol e o seu Precious? Quando o usou pela primeira vez foi um pouco estranho e assustador mas rapidamente começou a gostar da sensação de ficar invisível e esconder as suas atitudes dos outros. Começou a gostar de poder fazer o que quisesse sem ninguém saber. O problema é que precisas de muita energia quando tentas mostrar o que não és e um dia quando te olhares ao espelho não vais reconhecer aquela pessoa fraca e amargurada que ali está reflectida. A mentira faz à pessoa que a usa a mesma coisa que o anel fez ao Smeagol. Ela cria habituação. Ela transforma-te. Ela consome-te até não restar nada de ti que valha a pena salvar.

E sim, se fores sério e honesto com as pessoas muitas delas vão aproveitar-se disso. Esse é um problema delas que não te diz respeito. Segue o teu caminho de coragem sem hesitar.

Atenção, não estou a dizer que tens de ser inocente e deixar que as pessoas pisem em cima de ti, estou a dizer que não precisas de mentir para ganhar algo que provavelmente não precisas como pensas ou para evitar algo que provavelmente não é mau como pensas.

Digamos que, por exemplo, estás numa loja e uma mulher pede a tua opinião sobre um vestido que tu achavas que era o cortinado de uma janela da loja. Experimenta dizer calmamente “Senhora, esse vestido é horrível e fica-lhe muito mal”. A pessoa pode ficar chocada? Pode. Ela pode chamar-te ordinário e mal-educado? Claro que sim. Mas…ela pediu a tua opinião certo? Não pediu um elogio nem pediu que não discordasses dela, ela pediu-te o favor de lhe dizeres o que pensas e tu fizeste o favor de lhe dar exactamente o que ela pediu. Se ela não sabe o que quer, esse já é um problema dela.

Seja como for, muitas pessoas vão agradecer-te por teres sido sincero com elas. Muitas vão pensar mais tarde que tiveram sorte em encontrar alguém que teve a coragem de dizer o que pensava e assim impedi-las de comprar um cortinado de uma qualquer loja de ferragens.

Habituamo-nos a dizer estas mentiras porque no processo de crescimento vamos ficando aprisionados na nossa mente e se não conseguimos encontrar uma saída de lá, geralmente isso acaba por nos matar. (Mais de metade das pessoas do planeta morre por consequência DIRECTA das suas acções e escolhas)

Um senhor chamado Fritz Perls definiu mesmo 3 tipos de mentira: A “chickenshit” a “bullshit” e a “elephantshit”.

Chickenshit são os cumprimentos usuais que dizemos quando encontramos alguém conhecido:

-“Olá como estás?”

-“Bem obrigado e tu?”

Normalmente isto é uma mentirinha. Na verdade não temos genuíno interesse em saber como ele está, perguntámos porque é algo que nos habituámos a fazer de forma automática e fazemos sempre mais ou menos o mesmo com toda a gente.

Bullshit são aquelas conversas que temos só para não estarmos calados e para não lidarmos com a tensão que se cria se o fizermos. São generalização sem grande sentido. A bullshit aparece muito quando duas pessoas do mesmo prédio se encontram no elevador por exemplo:

-“Pois é...aaaa...este tempo anda de todo...tá um calor terrível não acha vizinho?”

-“Pois...também cá faz falta...”

-“É verdade, é verdade...mas acho que estão a dar chuva para amanhã!”

-“A sério? Olhe que bem cá faz falta uma chuvinha de vez em quando…”

Elephantshit são verdadeiras conversas da treta. São igualmente inócuas e sem sentido mas com a diferença de serem bastante mais elaboradas e muitas vezes ditas de forma emocional:

(Emocional)

-“Xiiii...viste a roubalheira que foi ontem com o Benfica? Parece impossível pá, os árbitros estão todos comprados!”

-“Cambada…já há duas jornadas o Anacleto Maurício foi ceifado na área mesmo em frente ao árbitro e o gajo manda seguir! Cabrão de merda...”

-“Isto era um gajo por uma bomba na cabine daqueles filhos da puta!”

(Racional)

-“A conjuntura socioeconómica do país, está a atravessar um período de grande instabilidade devido a factores externos intrínsecos que, a não serem controlados pelas autoridades alfandegárias, trarão mais contrariedades devido a bla bla bla bla...”

Isto é coisa para te por a dormir mais depressa que duas caixa de comprimidos para as insónias :)

Mas é realmente engraçado que as pessoas mentem sem pensar muito no assunto.

Há dias vi um conhecido num bar. Cumprimentou-me, conversámos e bebemos um copo. Na hora de pagar ele insiste em tomar conta da despesa. Pagou com uma nota de 5€ e a rapariga do bar devolveu-lhe uma nota de 5€ e alguns trocos e continuou, atarefada, a atender clientes. Esse rapaz olhou para o troco, sorriu e guardou o dinheiro na carteira enquanto me piscava o olho e se despedia.

O que é que se passou aqui? Talvez não tenha sido um acto assim tão condenável. As bebidas nos bares são absurdamente caras e também não foi agora por 5€ que o bar foi à falência...certo? Talvez não seja assim tão simples. É que, quando fazes isto, estás a dizer que a tua integridade vale a incrível soma de 5€ (ou menos). Estás a dizer que estás disposto a ser vigarista para ganhar 5€.

Mas...agora impõem-se algumas perguntas pertinentes: E se fossem 8.30€? E se fossem 50€? E 100€? E 1.000.000€? O que farias? Quanto custa a tua integridade?

Bem, eu não sei quanto a ti mas a minha honra e seriedade não têm preço. A minha verdade não está à venda. Eu assumo a responsabilidade da minha vida dizendo a verdade.

Muita gente queixa-se. Dizem ser uns desgraçados e uns azarados. Normalmente essas pessoas têm algo em comum: Queixam-se muito e mexem-se pouco.

Tomar a responsabilidade significa que deixámos de culpar circunstâncias externas, outras pessoas ou acontecimentos passados pelo que acontece na nossa vida.

Muitas pessoas queixam-se do stress que passam nos dias de hoje, mas o stress não é uma característica da vida ou dos tempos, é uma característica das pessoas. Se assim não fosse todos nos sentiríamos stressados de igual forma e, obviamente, não é isso que acontece. É que o stress não provém do ambiente mas sim da mente do individuo sob stress. Ainda assim, a sua desculpa é “a vida acelerada dos dias de hoje”.

Muitas pessoas com 40, 50, 60 anos e mais, queixam-se de não saber mexer em computadores e ir à internet. Nunca as vi tirar um curso e tentar aprender. A sua desculpa é “a idade”.

Muitas pessoas nascem com problemas físicos ou têm acidentes e queixam-se de não terem amigos ou que as pessoas olham para elas de forma esquisita. Nunca as vi serem elas as primeiras a não dar importância à sua condição. A sua desculpa é “a incapacidade”.

Muitas pessoas têm o sonho de ser cantoras, possuir uma loja de roupa ou ir à Índia. Nunca as vi arriscar. A sua desculpa é que “a vida não permite”.

Situações diferentes com diagnóstico igual: Incapacidade para assumir a responsabilidade pelo que acontece na sua vida.

E tu? Qual é a tua desculpa?

Não te esqueças que só no dia que decidires dizer a verdade e ser responsavelmente verdadeiro vais conseguir desenhar o teu futuro como um artista e não como uma vítima. Só nesse dia vais tomar as rédeas do teu destino e saltar da plateia para começares a actuar no filme da tua vida.

Sê tu próprio mas certifica-te que é a melhor parte de ti:

David Veríssimo

planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt