No Sábado passado tive um acidente de automóvel. A coisa não esteve mesmo para brincadeiras mas...na verdade, não estou aqui para te falar de como eu sou um desgraçado do caraças que não tem sorte nenhuma na vida nem para esmiuçar todo o drama envolvido na cena.
Estou aqui para falar daquilo que aprendi com isso.
Para começar, deixa-me lançar esta ideia na tua cabeça (mais uma vez):
Evolução implica dificuldades. Não há volta a dar a isto e é bom que te habitues à ideia.
As dificuldades estão para o desenvolvimento pessoal como os pesos estão para o bodybuilder.
Alguém que tome a decisão de evoluir tem de esperar apanhar grandes contratempos e dificuldades na sua caminhada tal como alguém que tome a decisão de trabalhar o corpo tem de esperar apanhar e ter de levantar grandes pesos no seu treino.
Quando as coisas começam a aparentar estar a entrar nos carris, o comboio descarrila e voltamos à estaca zero. Quando após meses (por vezes anos) de trabalho árduo e diligente, começamos a ver a ponta do iceberg, a, finalmente ver e entender a “big picture” e que tudo aquilo valeu a pena, acontece algo inesperado que nos troca as voltas e nos deixa completamente desorientados sem saber o que fazer ou o que pensar.
Este é um ciclo vicioso que só termina para as pessoas que têm uma vontade de ferro e que seguem de tal forma concentrados no caminho da evolução que, mesmo que apareça um camião a toda a velocidade na sua direcção eles não param de andar em frente.
É evoluir ou morrer. Não há 3ª opção.
Não estou a tentar assustar-te. Evolução Pessoal não é como um demónio que te vai atormentar até ao fim da eternidade. Evolução pessoal é mais como os 100m barreiras: É mais difícil do que correr em linha recta mas quando chegas à meta e olhas para trás, vês todos os obstáculos que ultrapassas-te e vês como eles te ajudaram a evoluir e a ficar mais forte.
Então e que mais se aprende a mandar um carro novo para a sucata?
1º Grupo de amigos:
Rodeia-te de pessoas que chegam ao pé de ti e dizem coisas como “Hey! Estou contigo, não importa o que se passou, vamos dar a volta por cima!” ao invés de “Fogo, não queria estar no teu lugar, tás metido numa embrulhada...”
Não é que o 2º não tenha razão (normalmente até tem) mas a razão dele não te vai ajudar em nada. Por outro lado a, eventual falta de razão do 1º, vai.
Isto passa por ser selectivo com as pessoas que permites que interajam de perto contigo em qualquer área da tua vida. Pessoas que não valorizem o problema, valorizem a solução. Pessoas optimistas, integras e sempre dispostas a ajudar, a colaborar e a partilhar.
Esta, por si só, é uma das coisas que mais te pode ajudar porque se te dás com pessoas desse calibre tens tendência a ser como elas. Claro que vais encontrar problemas na mesma mas não os verás como “cabos das tormentas”, apenas como...cabos...que, se pensares bem, é o que eles são. Vais andar sempre bem-disposto e rodeado de sentimentos positivos em vez de medo e pensamentos desnecessários.
Se não usares mais nada do que falo aqui, usa isto. Rodeia-te de pessoas de qualidade e enche a tua vida de sentimentos positivos e alegres.
Se isto, só por si, não mudar a tua vida nada o fará.
Se isto, só por si, não mudar a tua vida nada o fará.
2ª Tentar resolver, por todos os meios ao teu alcance, o facto que causou o problema.
Para quem conhece a curva onde eu tive o acidente sabe pelo menos mais uma coisa sobre esse local: Muita gente já lá deixou o carro e até a vida.
O mais certo é tu próprio também conheceres algumas destas “pérolas rodoviárias”. E a pergunta que eu faço é: Porque é que as pessoas continuam a ter ali acidentes?
Simples: Porque ninguém resolve o problema que os tem causado...
Ou seja, as pessoas têm um acidente, partem o carro todo, vão para o hospital, recuperam e lá prosseguem com as suas vidas.
Nem sempre nos lembramos de quebrar o ciclo.
Nem sempre cuidamos de fechar a porta quando saímos.
Nem sempre zelamos pelo interesse do próximo...que no caso dos outros, podemos ser nós próprios...
Se vês uma pedra ou um ramo de árvore caído na estrada, não te limites a desviar-te dele e a seguir viagem, perde 2 minuto da tua vida e pára o carro para o tirares de lá. (Não, a Brisa não me pagou para fazer este post)
Na verdade deves fazer isso com todo os “ramos caídos” que aparecem na tua vida.
Tenta sempre ser a última pessoa a ter tido o problema. Imagina só como seria se todos pensassem assim.
Uma outra coisa que aprendi foi a dar mais valor à vida e a ter maior consciência da nossa pequenez.
As pessoas ouvem falar de acidentes a toda a hora nos meios de comunicação social e a coisa como que se “entranha na normalidade” e, perdendo-se a noção do que é que se está ali a falar, continua-se a agir como se nada fosse.
Talvez seja uma coisa óbvia de se dizer mas...um acidente é um acidente, não é a noticia de um acidente. Uma guerra é uma guerra, não é a notícia de uma guerra. Há uma enorme diferença entre morrerem 100 000 pessoas ou 100 001 pessoas. O hábito noticioso desvaneceu essa diferença tornando-o apenas mais um número.
Não quero fazer deste post um ode à morte mas é urgente ganharmos consciência dela.
O turbilhão dos nossos dias leva as pessoas a viverem como se fossem eternas e imortais esquecendo que somos todos humanos. Aqui não há heróis que desviam as balas com os dentes nem cães que ganham super-poderes ao comer amendoins torrados, aqui somos todos feitos de carne e osso. Para o bem e para o mal.
SÊ a diferença que desejas ver no mundo,
Vive cada dia como se fosse o primeiro.
David Veríssimo
planeta.marte@portugalmail.pt ou planeta.venus@portugalmail.pt
1 comentário:
Meu amigo!
SIMPLESMENTE MARAVILHOSO O QUE ESCREVEU E FAÇO DE SUAS AS MINHAS PALAVRAS!
MEUS PARABÉNS!
ME EMOCIONEI AO LER CADA PALAVRA QUE ESCREVEU!
ESTEJA SEMPRE LÁ EM MEU CANTINHO, POIS É POR DEMAIS BEM VINDO!
BEIJOS COM MUITO CARINHO E LINDO FINAL DE SEMANA!
BIAZINHA
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